Cotidiano

Coer e Setrabes realizam encontro sobre políticas públicas de trabalho

A Comissão Estadual de Emprego de Roraima (Coer) e a Secretaria de Estado de Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes) realizaram, na quarta e quinta-feira, o VI Encontro Estadual de Políticas Públicas de Emprego, Trabalho e Renda. O auditório da Setrabes foi o local para os três painéis que analisaram o mercado atual e seus desafios, além da participação dos conselhos e comissões no fomento ao trabalho.

Dentre os convidados para os debates estavam o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Federação das Indústrias do Estado de Roraima (Fier), a Central Única dos Trabalhadores de Roraima (CUT), a Secretaria Municipal de Gestão Social de Boa Vista (Semges) e o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat).

O presidente da Coer, Emerson Arantes, afirmou que, apesar de Roraima ter registrado crescimento na geração de empregos, ainda é necessário aumentar os investimentos tanto no setor público quanto no privado.

Este último ainda sofre com a baixa qualificação dos candidatos a emprego, o que é observado através do Sistema Nacional de Emprego (Sine) em Roraima, que recebe muitos currículos que não atendem às demandas.

Para investir mais na qualificação dos trabalhadores do Estado, Emerson Arantes disse que é necessário incentivar a criação de Conselhos Municipais de Emprego para captar investimentos específicos para o setor. O Fundo do Amparo ao Trabalhador, que é vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e custeia programas como o Seguro Desemprego, Desenvolvimento Econômico e Abono Salarial através das contribuições feitas para o Programa de Integração Social (PIS), possui orçamento nacional de R$ 78 bilhões, podendo apoiar o desenvolvimento profissional.

“Nosso evento foi voltado para a sociedade, representantes de entidades patronais, sindicatos de trabalhadores, conselheiros e agentes fiscais como bancos e agências de fomento. Como fazer a aliança entre eles? Quais os propósitos e desafios dessas políticas?”, destacou.

CODEFAT – É por isso que o presidente da Codefat, Virgílio Carvalho, veio de Brasília (DF) para pensar a realidade de Roraima. Segundo ele, é impossível decidir algo para uma região tão grande como a Norte estando em cidades como São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS).

“No nosso Observatório do Mercado de Trabalho, vimos que 85% dos profissionais do Estado dependem de empregos públicos. Queremos mudar esta característica – não para onerá-los, mas para que cada um de nós que está dentro de um órgão público e tenha a capacidade de empreender, saia, faça uma nova forma de trabalho que gerará emprego e renda ao Brasil. As palavras ‘crise’ e ‘crie’, no chinês, têm o mesmo significado. No português, só precisamos retirar o ‘s’”, comentou.

Em sua palestra, Virgílio Carvalho mostrou as conquistas para os trabalhadores conseguidas pelo Fundo de Amparo: um milhão e 200 mil pessoas retirando seu abono salarial, que em 2016 conseguiu ter seu prazo de retirada estendido para o dia 30 de dezembro e fortalecimento da parceria com o Sebrae no financiamento do capital de giro para as micro e pequenas empresas. (NW)