Política

Com votos de Jucá e Telmário, Conselho de Ética arquiva pedido de cassação de Aécio

Por 16 votos a quatro, o Conselho de Ética do Senado confirmou nesta quinta-feira, 6, o arquivamento do pedido de cassação do senador Aécio Neves (PSDB-MG), alvo de representação por quebra de decoro parlamentar.

Entre os votos favoráveis ao arquivamento estão os dos senadores Romero Jucá (PMDB) e Telmário Mota (PTB-RR).

Investigado pela Lava Jato, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), declarou voto contra o recurso em meio à sessão. O peemedebista disse que a investigação sobre Aécio ainda está “sendo iniciada” e, segundo ele, “só tem uma versão dos fatos, só um lado”.

“Querer impor ao senador Aécio Neves qualquer tipo de penalidade por conta de uma versão colocada pelo Ministério Público. Me desculpe, é algo prematuro, injusto e não é democrático”, argumentou Jucá.
Telmário Mota (PTB-RR), por outro lado, afirmou que a acusação era “improcedente” e que Aécio pediu um empréstimo a um amigo, que é empresário.

Desta forma, Aécio não será nem sequer investigado na Casa pelas gravações entre ele e o dono da JBS, Josley Batista.

Inconformado com decisão monocrática do presidente do Conselho de Ética, o senador Randolfe Rodrigues coletou assinaturas de outros cinco colegas do Senado para tentar desarquivar o pedido de cassação. Assinaram o recurso os senadores Lasier Martins (PSD-RS), Pedro Chaves (PSC-MS), João Capiberibe (PSB-AP), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) e José Pimentel (PT-CE).

O recurso também tem a assinatura das senadoras Regina Sousa (PT-PI), Ângela Portela (PDT-RR) e Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), que são suplentes no Conselho de Ética.