Cotidiano

Comércios e restaurantes apostam na Copa para aumentarem as vendas

Nas lojas populares, o aumento chegou até 80% e tende crescer de acordo com o desempenho da Seleção Brasileira na Rússia

As ruas se encheram das cores verde, amarelo e azul. Nunca foi visto tanta decoração com a Bandeira do Brasil e tantas pessoas vestindo camisetas amarelas por aí. Que a Copa do Mundo de Futebol mexe com quase todo mundo, até mesmo para quem nem gosta de acompanhar futebol, isso não resta dúvidas.

É com essa motivação que o comércio roraimense aproveita para alavancar as vendas e tirar o melhor faturamento durante o mês de junho. Aquele temido 7 x 1 parece que ficou para trás e, quanto mais a Seleção Brasileira avança no Mundial da Rússia, maiores são as oportunidades para vender camisetas e adereços.

Nas lojas do centro da capital, as vendas estão sendo totalmente positivas e aumentam significativamente nos dias que acontecem os jogos brasileiros. Por lá, algumas camisetas da Seleção são encontradas com preço mínimo de R$ 10 e vão até R$ 70. Já as camisetas oficiais, que são mais caras, por volta dos R$ 300, estão esgotadas.

Como explicou a gerente de uma loja de esportes, Wildemir Munins, os comerciantes estão apostando no avanço da Seleção Brasileira para queimarem os estoques, pois é difícil a procura por camisetas temáticas fora de época. “As expectativas estão muito boas. Estamos percebendo um aumento nas vendas de uma forma geral. Quando não tem Copa, a gente até deixa algumas camisetas expostas, mas que somente turistas que procuram”, afirmou.

A torcida não se limita apenas em lojas que vendem artigos esportivos. Uma papelaria abriu exceção e está comercializando buzinas, bolas e bandeiras. “A procura é boa. Em dia de jogo a procura aumenta até 30%. É continuar torcendo para a Seleção nos ajudar”, confirmou o vendedor, Sandro Luís.

Do outro lado da cidade, o comércio popular também está animado e apostando cada vez mais, para que não haja prejuízos com o grande investimento que houve justamente para esta época. As camisetas são encontradas de R$ 10 até R$ 80. Adriano Araújo tem uma loja na feira do Buritis e confessa que o lucro está chegando a 80% nos dias de jogo. “Caso a gente não venda tudo, volta para o estoque e esperamos pela próxima Copa ou até pelas Olimpíadas. A questão é vender. O que tem saído muito por aqui é roupa para crianças e recém-nascidos”, disse.

Na mesma quadra, o gerente José Santos afirmou que a procura tem sido bem maior do que na Copa passada e que precisa da Seleção avançando para que não tenha prejuízos.

Porém, não é somente o comércio varejista que tem vantagem com o grande evento da Copa do Mundo. Os bares e restaurantes também encontram um meio de promover a alegria para quem não tem um lugar para assistir os jogos. Uma choperia no shopping do bairro Cauamé investiu pesado na decoração para receber os clientes.

“Desde o primeiro jogo a gente tem feito promoções para atrair o público. Então, cada vez que a Seleção ganha, fazemos novas promoções. No segundo jogo o movimento diminuiu um pouco porque o jogo era pela manhã, mas estamos confiantes que quanto mais ganhar, melhor”, contou o garçom Wallen Kristopher. Ele ressaltou ainda que, a gerência alugou um telão para que sejam transmitidos os jogos e que o investimento diário é de R$ 1.500. (A.P.L)