Cotidiano

Corpo de Bombeiros envia outra equipe para ajudar a procurar piloto desaparecido

Quatro bombeiros estão acampados no meio da mata, onde avião fez um pouso forçado, e agora mais três especialistas irão juntar-se à equipe

O Corpo de Bombeiros Militar de Roraima (CBMRR) enviou, na manhã de ontem, 16, mais três especialistas em busca na mata e em mergulho para a região do Catrimani, localizado na Terra Indígena Yanomami, no município de Caracaraí, a cerca de 140 quilômetros da Capital.

A equipe vai atuar na região onde ocorreu a queda de um avião de pequeno porte pertencente à empresa Paramazônia, que resultou no desaparecimento do piloto Elcides Rodrigues Pereira, conhecido como “Peninha”, na tarde de quarta-feira, 14. O outro passageiro, o técnico em enfermagem Ednilson Cardoso, foi resgatado com vida, apesar de alguns ferimentos.

Segundo o comandante geral do CBMRR, o coronel Doriedson Ribeiro, a equipe vai somar aos esforços dos outros quatro militares que estão acampados no local e atuando nas buscas. “Nós estamos fazendo um trabalho na região do Catrimani, em Caracaraí. Nós enviamos quatro sargentos especialistas de trabalho na mata, e eles estão lá desde quinta-feira para atuar nas buscas. Esse foi o trabalho de primeira resposta”, explicou Ribeiro.

“Agora, nós estamos enviando uma equipe com mais três bombeiros especialistas. Quando eles chegarem ao local, vão ter que pousar na região do Catrimani e, de lá, passar por mais seis horas de barco para chegar ao local exato onde houve a queda do avião”, informou o comandante.

CLAREIRA – Conforme Doriedson Ribeiro, além das buscas, os bombeiros vão trabalhar na abertura de uma clareira para facilitar o pouso de um helicóptero na área. “Só assim vamos poder lançar um helicóptero para dar apoio no local exato da queda. É um local de difícil excesso e não tem como chegar lá a não ser de helicóptero ou embarcação”, acrescentou.

O comandante informou ainda que somente com o retorno via rádio dos especialistas, neste sábado, 17, que os bombeiros vão ter uma análise mais profunda da situação. “Temos que esperar o retorno do pessoal que foi lançado na quinta e sexta-feira. No sábado, eles vão dar um retorno para a gente por rádio e nós vamos verificar a possibilidade ou necessidade de enviar mais gente”, frisou.

O CASO – Na tarde de quarta-feira, 14, o piloto Elcides Rodrigues Pereira, “Peninha”, e o técnico em enfermagem Ednilson Cardoso saíram para realizar uma missão de atendimento aos indígenas da região. De acordo com informações do Centro de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força Aérea Brasileira, o piloto teve que realizar um pouso de emergência na área.

À Folha, embora muito abalado, Ednilson deu detalhes sobre o acidente e informou que uma das hélices da aeronave quebrou depois de uma hora de viagem. O piloto passou as coordenadas à torre de controle e fez o pouso forçado na água. Eles conseguiram sair do avião e chegar à margem do rio, esperando pelo resgate. No entanto, segundo Ednilson, a empresa enviou um helicóptero para auxiliar as vítimas do acidente e foi nesse momento que o piloto desapareceu.

Conforme o técnico em enfermagem, a equipe de busca jogou uma corda para resgatar os dois. Ednilson subiu na frente, mas o piloto aparentava muito cansaço e não conseguiu se segurar na corda, quando foi levado pela correnteza. O técnico chegou a pular de novo no rio atrás dele, porém, não conseguiu encontrar mais o piloto. (P.C.)