Polícia

Corpo de autônomo desaparecido há dez dias é encontrado em fossa

Vítima era usuário de drogas e, segundo a família, era comum passar dias fora de casa

Na noite de sábado, 25, por volta das 23h30, a polícia foi acionada para uma ocorrência de encontro de cadáver dentro de uma fossa em uma residência, no bairro Senador Hélio Campos, zona Oeste da cidade. Tratava-se do corpo do autônomo Paulo Henrique da Silva, de 27 anos. Ele estava desaparecido há quase 10 dias, quando por meio de denuncias anônimas a polícia localizou a vítima sem vida. A família do autônomo havia registrado Boletim de Ocorrência do desaparecimento no dia 16.

Uma equipe de perícia da Polícia Civil esteve no local, assim como, uma do Corpo de Bombeiros, que retirou o cadáver da fossa. O corpo do autônomo foi removido para o Instituto de Medicina Legal (IML), para passar por necropsia, que pode apontar a causa da morte, pois como o cadáver foi encontrado em estado avançado de decomposição, a polícia não tinha conseguido identificar perfurações ou hematomas para apontar como foram as circunstâncias da morte. O caso agora está sob a investigação da Delegacia Geral de Homicídios (DGH).

Conforme a polícia, a casa onde o corpo foi encontrado pertence ao pai do suspeito, que é um jovem, de 20 anos. Na última quarta-feira, 22, o homem teria recebido um telefonema do filho informando que ele havia matado Paulo da Silva, mas não disse onde havia deixado o corpo.

A família da vítima declarou à polícia que o motivo do assassinato pode ter sido dívida de tráfico, pois o autônomo era usuário de drogas. “Não sabemos se o que motivou o crime foi divida por drogas ou rixa”, disse um policial.

O tio da vítima disse que, como o sobrinho era dependente químico, ele tinha o costume de desaparecer. “Ele sempre desaparecia, mas era coisa de dois ou três dias no máximo e a gente sempre sabia por onde ele estava. Dessa vez ficamos preocupados, pois já passava de cinco dias e não sabíamos nenhuma notícia do paradeiro dele, tanto que registramos ocorrência do desaparecimento”, relatou.

Segundo o tio da vítima, a família estava muito abalada com o crime. “Paulo trabalhava realizando “bicos” em serviços braçais aqui, e às vezes no interior. Ele deixa uma filha de nove anos”, comentou. (T.C)