Cotidiano

Cosme e Silva deve ser procurado somente em casos de urgência e emergência

Até 80% da demanda é de pessoas que deveriam procurar primeiro um posto de saúde, gerando sobrecarga na rede estadual

Criado como um Centro de Saúde em 1996, hoje o Pronto Atendimento Cosme e Silva (PACS), no bairro Pintolândia, é voltado para os casos de urgência e emergência. No entanto, dos mais de 700 atendimentos por dia, até 80% são pessoas que não estão em situações graves e, por isso, deveriam procurar inicialmente os postos de saúde.

Apesar de haver unidades básicas (postos de saúde) nas proximidades, a população, principalmente da zona Oeste, prefere se dirigir ao Cosme e Silva. A situação também ocorre no Pronto Atendimento Airton Rocha, anexo ao HGR (Hospital Geral de Roraima).

A diretora geral da PACS, Roberta Acioly, esclareceu que o local não recusa atendimento a quem quer que seja, mas precisa priorizar os casos mais graves, que é a obrigação do Estado.

“Com o atendimento da demanda da Atenção Básica, incluindo crianças, que é uma responsabilidade das prefeituras, ficamos sobrecarregados, o que pode provocar uma demora no atendimento, esgotamento mais rápido dos medicamentos e materiais, entre outros transtornos”, disse.

Em março de 2015, a unidade deixou de ser policlínica (unidade de saúde para prestação de atendimento ambulatorial em várias especialidades) para se concentrar nos casos de urgência e emergência. Por ser uma referência na Zona Oeste de Boa Vista, a unidade acaba atendendo também grávidas – que deveriam ser atendidas apenas na maternidade – e crianças – que devem ser atendidas no Hospital da Criança.

Segundo a diretora da unidade, o objetivo do Pronto Atendimento é atender a casos de urgência a fim de resolver a crise do paciente. “Para dar continuidade ao tratamento, o paciente deve retornar com seu médico no posto de saúde; o encaminhamento para unidades especializadas, se houver necessidade, de acordo com a complexidade de cada caso”, informou a diretora.

Saiba onde buscar atendimento

O Estado possui uma ampla gama de unidades na Capital para atender a população, o que muitas vezes confunde o usuário, que nem sempre sabe qual unidade procurar no momento de necessidade.

Os postos de saúde são a porta de entrada do SUS (Sistema Único de Saúde).

São a eles que as pessoas devem se dirigir para consultas de rotina, acompanhamentos médicos, receitas, vacinas e problemas menos complexos como dores leves, febres baixas, problemas crônicos, traumas leves, sintomas leves de gripe, tonturas, dor abdominal leve, mal-estar, conjuntivite, entre outros. Se houver necessidade, o paciente será encaminhado para uma consulta com um especialista para uma investigação mais p rofunda do caso.

No entanto, se você tiver acima de 13 anos e passar por algum problema de saúde de urgência como acidentes de carro; acidentes de origem elétrica; acidentes com projeteis de armas de fogo; acidentes com armas brancas; acidentes com animais peçonhentos (cobra, escorpião etc.); fraturas e cortes por acidentes ou quedas; queimaduras; afogamentos; hemorragia; infarto do miocárdio (dor no peito); dificuldade respiratória, ataque de asma, pneumonia; derrames, perda de função e/ou dormência nos braços ou pernas; perda de visão ou de audição; inconsciência; desmaio; intoxicação; dor grave e vômito persistente; reações alérgicas, febre alta (acima de 39, 5ºC), entre outras, você pode procurar o Pronto Atendimento Cosme e Silva, no bairro Pintolândia, ou o Pronto Atendimento Airton Rocha, anexo ao HGR, no bairro Aeroporto.

Nos casos de emergência envolvendo crianças, os pacientes devem ser encaminhados para o Hospital da Criança Santo Antônio, de responsabilidade da gestão municipal, onde deve haver profissionais e equipamentos adequados para este tipo de atendimento.

Já nas situações de emergências ginecológicas e obstétricas, o ideal é procurar o Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth.