Cotidiano

De sacoleira a empresária de geladinhos

Empresa tem seis funcionários e faz uma média de dois mil geladinhos por dia, principalmente em dias de muito sol

O dia mal amanhecia e Euzanira Nascimento saía com uma sacola cheia de roupas para revender. Mas o lucro era pouco e não supria as necessidades dela. Foi quando a autônoma decidiu mudar de ramo e, mesmo sem dinheiro, arriscou e entrou no mercado dos “geladinhos”, produzindo picolé, dindim, totó, sorvete e iogurte.

No começo, segundo ela, foi preciso fazer um empréstimo em um banco porque ela precisava comprar maquinário e carrinhos de picolé. “Também não tinha frízer suficiente e contava apenas com poucos vendedores. Foi um tempo difícil, mas superamos. Hoje tenho uma pequena indústria de geladinhos”, ressaltou.

Assim que o sol esquenta, dezenas de vendedores de dindim, a maioria haitiano, fazem fila na frente da fábrica de sorvete, a Frutilli, na rua São Vicente, no bairro Cinturão Verde, zona Oeste da Capital. Eles recebem os geladinhos a R$ 0,75 e os revendem a R$ 1,50. A empresa tem seis funcionários e faz uma média de dois mil geladinhos por dia.

“No ano passado, eu tinha apenas 10 picolezeiros, mas este ano já são 40, a maioria haitiano. Tenho também um funcionário albergado. É uma chance que dou para que o jovem recomece sua vida, pois todos nós erramos e merecemos uma segunda chance”, observou.

Entre os vendedores há uma haitiana que está grávida. Euzanira está ajudando e disse que já reuniu familiares para que façam um chá de bebê. “Os haitianos passam por necessidade e muitos não têm nem onde morar. Eu ajudo como posso. Aqui na minha fábrica, eles tomam café da manhã e merendam à tarde. Também dou cesta básica todo ano para eles”, frisou a empresária.

Ontem à tarde, as máquinas estavam a todo vapor. O totó, segundo a empresária, é o que mais vende. Fora as despesas, o lucro mensal chega a R$ 3 mil. “Não esperei apoio de ninguém e nunca recebi ajuda do poder público, mas arregacei as mangas e fui à luta. Hoje toco minha fábrica de geladinhos e vivo bem”, frisou Euzanira. (AJ)

Autônomo pede demissão e cria ‘disque-queijo’

Eduardo Montijo, de 39 anos, era empregado com carteira assinada e ganhava R$ 2 mil por mês. Mas ele decidiu apostar em suas ideias. Então, aproveitou uma oportunidade e abriu o próprio negócio e se tornou vendedor de produtos derivados de leite. Hoje, ganha duas vezes mais que antes, quando assinava ponto todo dia.

A história bem sucedida do autônomo começou em 2012, quando ele pediu demissão e começou a trabalhar por conta própria. “No começo foi um pouco difícil, mas eu persisti, pois sempre acreditei no meu potencial. E hoje tenho um bom lucro”, disse.

Eduardo é da turma dos jovens empreendedores que, mesmo em tempo de crise financeira, aposta em sua criatividade. Todo dia ele pega sua motocicleta e sai entregando queijos e manteiga a uma clientela fiel. A maioria dos compradores, segundo ele, trabalha no setor público.

“Eles ligam e pedem os produtos. Eu vou lá deixar. Minha clientela é formada principalmente por servidores públicos, mas também vendo na rua. O movimento melhora no final do mês. O que ganho dá para me manter”, frisou.

Quando vende pouco, Eduardo tira até R$ 3 mil por mês, mas em média vende R$ 4 mil. Ele disse que a qualidade do seu produto é a marca do seu sucesso. Além do queijo e da manteiga, o autônomo também vende doce de leite. O preço do queijo varia entre R$ 35 e R$ 55. O pote do doce custa R$ 18 e a manteiga, R$ 8.

Morador do bairro Bela Vista, zona Oeste, ele compra os produtos em fazendas no interior do Estado e os revende na Capital. O queijo e a manteiga que Eduardo vende estão certificados com o selo do CIE, que é o Centro de Ciências responsável pela certificação da qualidade do produto. “A tendência é expandir cada vez mais. Quem quiser provar um bom queijo, é só me ligar (99137-7866). Vou entregar em domicílio”, disse Eduardo. (AJ)

Mercado de cupcakes em alta na cidade

O mercado de cupcakes está em alta na cidade. São inúmeras as vendedoras que disputam este ramo. Dos Anjos Brito, de 24 anos, é uma delas. Desempregada em 2015, a autônoma deu a volta por cima e hoje ganha dinheiro vendendo bolinhos personalizados.

Para entrar no mercado, segundo Dos Anjos, o primeiro passo é levantar a grana para investir na produção inicial dos bolinhos. O custo dos ingredientes para uma fornada de 100 cupcakes fica entre R$ 150 e R$ 180, desde que a receita seja simples.

A autônoma relembrou quando começou. Disse que sem clientela foi difícil, mas ela recebeu ajuda, e recebe até hoje, do amigo e guitarrista Jorge Lailton, de 26 anos. “Hoje vendo uma média de 100 cupcakes por mês, a R$ 3,50 cada. Minha clientela é formada por mulheres que trabalham em repartições públicas”, detalhou.

O lucro é certo. Geralmente, ainda segundo Dos Anjos, dá para tirar por mês o dobro do que se investiu com a produção dos bolinhos. “Sem duvida, é um negócio que dificilmente trará prejuízo se você fizer um bom trabalho!”, comemorou. Quem quiser degustar é só ligar 99122-8037. (AJ)