Cotidiano

Deputado atribuiu crise a má gestão do governo estadual

O deputado afirmou que o salário dos servidores estaduais pode atrasar mais uma vez

Para o deputado estadual George Melo (PSDC), a crise econômica enfrentada pelo Governo do Estado é resultante da má gestão dos recursos públicos por parte da governadora Suely Campos (PP). Em entrevista ao programa Agenda Parlamentar, na Rádio Folha AM 1020, no sábado, dia 27, o parlamentar afirmou que a chefe do Executivo estadual prioriza o pagamento das empresas familiares e deixa o Estado e o salário dos servidores em segundo plano. 

Melo diz que a governadora não vem repassando a contribuição dos servidores públicos para o Instituto de Previdência de Roraima (Iper). Ele afirmou que o mesmo acontece com os empréstimos consignados. “Ela desconta essas quantias do salário do servidor. Tá registrado o desconto no contracheque, mas ela não repassa o dinheiro. Ela tá cometendo um crime ao fazer isso”, explicou.

Quanto ao repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE), o deputado alega que fica praticamente todo em Manaus. “As empresas que prestam serviço para o Governo do Estado são todas da família Campos e a maioria está em Manaus. O FPE cai na conta, ela efetua os pagamentos e deixa o restante das obrigações, como o salário dos servidores pra depois, e acaba faltando dinheiro para tudo”, detalhou.

Apesar de caminhar para o desenvolvimento, a economia de Roraima ainda gira em torno do contracheque do servidor público. “Se o servidor não tem dinheiro, ele não vai ao mercado, às lojas, aos restaurantes. Vemos uma cidade fantasma, as lojas às moscas, sem clientes. Os empresários e comerciantes amargam prejuízos. Ou seja, a falta de salário não afeta somente o servidor, impede que o dinheiro gire e movimente o comércio”, disse.

Quanto as chances de Suely se reeleger no cargo de governadora, o deputado, que é de oposição, afirmou que são mínimas. “Como ela vai pedir voto de um servidor que está com salário atrasado e sem condições de manter a própria casa. Acredito que isso vá prejudicar até mesmo os deputados que a apoiam. Eles não vão ter cara de dizer que a apoiam. A tendência agora é que a base aliada diminua. Acredito que o grupo de oposição volte a ser maioria, podendo chegar até 20 parlamentares”, declarou.