Política

Deputados consideram exorbitante valor da taxa do concurso da PM

A taxa de R$ 180 referente ao valor da inscrição do concurso da Polícia Militar de Roraima, que teve o edital divulgado esta semana, foi alvo de críticas durante a sessão de ontem, 3, na Assembleia Legislativa de Roraima. O deputado George Melo (PSDC) disse que o valor cobrado está acima da realidade local. Ele anunciou ainda a elaboração de um projeto de lei que vai apontar caminhos para a realização do concurso, no sentido de garantir a participação de todos, principalmente daquelas pessoas que não possuem condições de pagar o atual valor exigido.

“Estamos trabalhando em um projeto e já colocaremos para votação na próxima sessão. A população de Roraima não pode ser excluída, principalmente os nossos jovens. É preciso dar oportunidade para quem não tem condições. Se estamos fazendo um concurso pela Universidade Estadual de Roraima (Uerr), não tem sentido essa cobrança absurda e exorbitante. Durante a votação do projeto, vamos realizar um grande debate para que o principal beneficiado seja o candidato”, defendeu Melo.

Ainda durante os comentários, o parlamentar sugeriu que a taxa fosse estipulada entre R$ 50 e R$ 100. “O governo poderia cobrar até R$ 100, porém precisa abrir oportunidade para aqueles que não possuem condições de arcar com os custos da inscrição. Tirar a chance de um jovem que há muito tempo vem estudando é injustiça”, frisou George Melo.

O deputado Coronel Chagas (PRTB) considerou os questionamentos importantes e afirmou que a fixação das cobranças foi estabelecida pela Uerr sob a alegação de que os custos para a realização das cinco fases do concurso seriam altos. “Pelas informações que me chegaram o valor inicial seria de R$ 129, no entanto a Uerr informou que as despesas ficariam altas para as cinco fases. Com isso houve um acordo que para cobrir as cinco fases, sendo necessário elevar a taxa para R$ 180. No meu entendimento ficou alto e temos que buscar diálogo junto ao Governo e a Uerr vai ter que baixar o valor para que as pessoas possam fazer a inscrição, isso é uma situação que preocupa e temos que resolver”, afirmou Coronel Chagas.