Polícia

Desaparecimento de presos da Pamc será investigado pela Sejuc e Civil

A Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc) anunciou a criação de uma força-tarefa em parceria com a Polícia Civil para investigar o suposto desaparecimento de sete detentos da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), zona rural de Boa Vista, no final do mês de abril. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa no início da manhã de ontem, 15.

A força-tarefa é composta pelo secretário de Justiça e Cidadania, coronel Ronan Marinho; pela delegada-geral da Polícia Civil, Ednéia Chagas; pelo diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Emerson Freire; titular da Delegacia Geral de Homicídios, delegado Cristiano Camapum; e a titular do Núcleo de Desaparecidos, delegada Miriam di Manso.

Conforme Ednéia, o objetivo principal da força-tarefa é esclarecer o que aconteceu no dia 24 de abril, data do suposto desaparecimento dos sete detentos. “Vamos começar a investigar, com base nos relatórios entregues pela Sejuc, o que aconteceu naquele dia e com base nos depoimentos que os familiares já deram ao Ministério Público e à Polícia Civil. A família tem procurado todas as instituições, a mídia, querendo uma resposta. Ninguém está dizendo preliminarmente que a família está correta ou errada. Existe um fato que precisa ser esclarecido”, afirmou.

O CASO – No dia 24 de abril, sete presos da Penitenciária Agrícola do Monte Cristo foram dados como foragidos. A suspeita, no primeiro momento, era de que eles teriam fugido por um buraco em uma das celas próximo à carceragem da unidade prisional. Foi detectada a falta de Renato Luan Fernandes Novaes Lima; Fernando Ribeiro de Oliveira; Cleuto Braga de Oliveira; Moises Batista de Abreu; Lindomar Santos da Silva, além de Handerson da Silva Gomes e Alan Batista Barbosa Rodrigues, que são suspeitos de matar o agente penitenciário Alvino Mesquita.

Dias depois, familiares dos presos foram ao Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) e à Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Roraima (OAB-RR) denunciar o desaparecimento deles. Eles alegam que se os detentos realmente tivessem fugido, teriam entrado em contato com a família, o que ainda não teria acontecido. (P.C)

Entrada de materiais ilícitos em unidades prisionais também será investigada

Além da investigação do suposto desaparecimento dos detentos, a força-tarefa criada entre a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) e a Polícia Civil investigará outras ilegalidades que ocorrem no sistema prisional do Estado. “A parceria será estendida para a apuração de ilícitos, como a entrada de celulares, drogas, armas brancas e de fogo nas unidades prisionais”, comentou a delegada-geral Ednéia Chagas.

Ela citou que, quando há uma revista, sempre se encontra material ilegal e a ideia é investigar como os objetos entraram na unidade prisional, se houve facilitação por parte de agentes públicos e, consequentemente, penalizá-los. (P.C)