Cotidiano

Detran espera arrecadar R$ 1,5 mi durante leilão

Nesta segunda edição, 700 veículos serão leiloados, entre motos e carros, servíveis e sucatas

Inicia na manhã de hoje o segundo leilão de veículos deste ano, promovido pelo Departamento Estadual de Trânsito de Roraima (Detran-RR). Nesta segunda edição, 700 veículos serão leiloados, entre motos e carros, servíveis e sucatas. O leilão segue até amanhã, das 9h às 17h, no pátio do Detran, que fica localizado na Rua Baraúna, nº 215, no bairro Caranã.

Para o presidente do Detran, Titonho Beserra, existe um diferencial importante nos leilões realizados pelo órgão. “Não fazemos lote com mais de um veículo e, se o cidadão arrematar o transporte e fizer o pagamento conforme o combinado, essa pessoa recebe o automóvel no seu nome, livre de qualquer problema de dívida”, informou.

Os carros e motos que estão em condições de funcionamento deverão receber apenas alguns reajustes pelo rematador, diferente das sucatas que geralmente são vendidas para ferros-velhos. “Não adianta a pessoa querer recuperar o transporte porque será dado baixa no sistema do número do chassi. Os atuais donos poderão apenas retirar as peças e vender emitindo nota fiscal. Isso é legalizado, portanto terá como vender de forma legal. Muitas vezes as pessoas compram peças sem saber da origem e isso acaba dando problema”, alertou o presidente do Detran.

O processo ocorre da seguinte maneira: é feito um cadastro do comprador; no momento da compra, deverá ser pago 10% referente à comissão do leiloeiro, 17% de ICMS, bem como a taxa de transferência; logo em seguida o arrematador recebe um boleto com o valor que foi lançado. Caso a pessoa não pague o valor da arrematação, o veículo não será entregue, sendo reservado para outro leilão. Como consequência o indivíduo não poderá participar novamente.

“Gastamos muito tempo organizando isso. Então tem punição nesse aspecto. Por isso a pessoa tem que pensar bem, ver se realmente está ao seu alcance. Da mesma forma que temos que entregar o veículo todo legalizado no nome da pessoa, a obrigação dela é de cumprir com a responsabilidade de pagar e vir retirar o veículo”, ressaltou Beserra.

De acordo com o presidente, já foi feita um triagem prévia em cima dos veículos para analisar a situação em que se encontram. “O registro ainda está no nome do proprietário antigo, porém na hora que a pessoa paga o valor arrematado o sistema da baixa na dívida do transporte. Depois disso, a pessoa recebe o documento de transferência no nome dela”, frisou.

Para o presidente, a previsão da comissão do leilão é de arrecadar R$ 1,5 milhão. “O primeiro leilão desse ano tinha em torno de 500 automóveis e arrecadamos aproximadamente R$ 1 milhão. Ano passado tivemos sete leilões e pretendemos fazer mais sete ainda este ano”, disse.

O dinheiro arrecadado é usado para quitar as dívidas do veículo, como a do pátio do Detran, do IPVA, multas do DNIT, multas da PRF, da prefeitura, entre outras. “Caso sobre dinheiro, este é destinado ao antigo proprietário. No entanto, caso sobre alguma dívida, esta fica no CPF do antigo proprietário”, acrescentou.

Para o presidente, o leilão proporciona a oportunidade das pessoas adquirirem meios de locomoção com valores mais em conta, livres de qualquer problema na documentação. “Em regra, você adquire um veículo muito diferente do que você compraria por aí. Claro que você terá que gastar um pouco com alguma coisa, como uma peça que esteja faltando, mas são gastos mínimos. Vejo como a oportunidade de ter um veículo num momento de crise por um preço acessível”, finalizou. (K.M)