Polícia

Dicap continua investigação sobre destino das drogas que seriam entregues na Pamc

Pacotes com drogas e celulares constavam codinomes que não figuravam no sistema de Inteligência do governo

Depois da prisão de um casal por homens da Força Nacional, na terça-feira, que portava drogas e celulares que seriam entregues na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), foi iniciada uma investigação que resultou na identificação de mais dois detentos para quem a droga seria entregue.

Diante dos fatos, a Divisão de Inteligência e Captura (Dicap) da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), em parceria com o Grupo de Resposta Rápida (GRR) da Polícia Militar, do Grupo de Intervenção Tática (Git) e agentes penitenciários, iniciaram uma vistoria na cela onde os presidiários estão custodiados, na ala da cozinha, onde aconteceu o último massacre, no dia 06 deste mês.

O chefe da Dicap, Roney Cruz, em coletiva de imprensa na tarde de ontem, 18, deu detalhes sobre a ação que resultou na identificação dos indivíduos. “Depois que foi feita a apreensão, alguns nomes de supostos destinatários estavam nas embalagens, tanto das drogas quanto dos celulares. Foram identificados como sendo William ‘SP’; Wendel ‘Donatelo’ e Antônio Francisco ‘Jiraia’. Foi feita uma revista na cela em que estavam custodiados, onde foi encontrado todo o material. No celular de William, inclusive, há mensagens de áudio sobre a transação que comprovam essa ligação com o esquema”, frisou.

A revista foi iniciada ainda na terça-feira, 17, e teve fim somente na tarde de ontem, 18. Depois de serem conduzidos à sede da Dicap para iniciar o procedimento e o relatório da ocorrência, os envolvidos foram encaminhados ao Departamento de Operações Especiais (Dopes) da Polícia Civil, para serem ouvidos pela autoridade policial que lavrou o flagrante. “A autoridade policial vai ouvir os presos, bem como os policiais envolvidos na ocorrência, e vai decidir como responsabilizar cada um pela
prática que ocorreu durante todo esse evento”, acrescentou Cruz.

Foram localizados e apreendidos com os presos, 87 trouxinhas com cocaína, um invólucro de maconha com aproximadamente 70 gramas, além de outra embalagem maior de cocaína com cerca de 180 gramas, bem como 24 celulares, quatro chips da operadora Claro, dois chips da operadora Vivo, a quantia de R$ 429,00 e uma balança de precisão.

Os presos foram recolhidos novamente à Pamc para darem continuidade ao cumprimento da pena, no entanto, serão penalizados de acordo com a Lei de Execuções Penais (LEP). Segundo a Dicap, grande parte do material apreendido foi encontrada na ala da cozinha. No regime fechado, quatro aparelhos foram apreendidos em posse dos detentos.

Os acusados estão presos cumprindo penas pelos crimes de tráfico de drogas, furto e roubo. Muitas anotações também foram apreendidas pelos policiais. “As anotações serão analisadas pela equipe de inteligência. Existem muitas anotações relacionadas ao crime organizado que a partir delas posteriormente serão produzidos relatórios”, frisou o chefe da Dicap. (J.B)