Cotidiano

Documentos de servidores estão sendo analisados por instituições financeiras

Caixa Econômica e o Banco do Brasil precisam analisar se os funcionários estaduais se enquadram nos moldes do programa Minha Casa, Minha Vida

O programa habitacional Bem Morar Servidor, anunciado pelo Governo do Estado em maio deste ano, atualmente está em fase de análise da documentação dos funcionários e entrega dos projetos das empresas responsáveis pela construção dos conjuntos. A informação foi confirmada pelo Grupo Técnico Estratégico (GTEG) do Governo do Estado, à frente da ordenação das obras.

Segundo o coordenador do GTEG, o engenheiro Álvaro Luiz Coelho, o cadastro de todos os servidores que entregaram a documentação já está sendo analisado pelas instituições financeiras, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, para saber se entram nos moldes exigidos pelo programa Minha Casa, Minha Vida, já que o programa Bem Morar Servidor utilizou os mesmos critérios para escolha dos funcionários. “Os servidores precisam cumprir alguns critérios do Minha Casa, Minha Vida, mas os valores da prestação e da taxa anual serão bem menores do que uma taxa anual de uma pessoa que vai financiar um apartamento normal”, informou.

O engenheiro explicou também que por não ter a utilização de recursos do Estado, somente adoação de terrenos, o processo é de chamamento público, diferente de um processo de licitação. Dessa forma, as empresas que vão ficar responsáveis não disputam um processo licitatório e apresentam apenas projetos, que serão selecionados de acordo com a necessidade da obra e do padrão exigido.

“O governo entra apenas com a doação dos terrenos. Depois que os compradores foram aprovados na Caixa Econômica ou no Banco do Brasil, os funcionários vão pagar diretamente para os bancos, ou seja, nenhum tipo de recurso será disponibilizado pelo Estado, o que não caracteriza a licitação”, disse.

Por conta disso, Álvaro informou que o processo atual é de análise e aprovação dos projetos pelas empresas selecionadas para os dois primeiros terrenos, Caranã e Centenário. “No primeiro momento, precisa da aprovação dos projetos nos órgãos competentes, como a Prefeitura de Boa Vista, Corpo de Bombeiros, Secretaria do Meio Ambiente, um processo normal que acontece para construção de conjuntos habitacionais que necessitam de projetos de combate ao incêndio, preservação ambiental e que o projeto não fira o código urbano de Boa Vista”, afirmou. (P.C)

Previsão é que sejam construídas 18 torres de apartamento no Caranã e Centenário

O engenheiro Álvaro Luiz Coelho, Grupo Técnico Estratégico (GTEG) do Governo do Estado, explicou que ainda não há um número específico de apartamentos que serão construídos ao todo, porém, a previsão é que sejam 11 torres, de oito pavimentos no Caranã, e sete torres, com 15 pavimentos no Centenário.

Os conjuntos contarão com a infraestrutura necessária, com elevador, área de lazer, churrasqueira, entre outros atributos. Por se tratar de prédios, as construções serão similares com as do residencial Vila Jardim, do programa Minha Casa, Minha Vida, porém, as dimensões serão distintas para cada faixa de renda.

“No Vila Jardim, a faixa 1,5, ou seja, famílias que têm uma renda menor, de até R$ 2.600. No Estado, nós temos servidores que recebem uma renda mais alta e vão entrar na faixa 2, que recebem até R$ 4 mil, na faixa 3, até R$ 9 mil e na faixa 3 estendida, que recebe acima de R$ 9 mil e pagará a maior taxa do programa Minha Casa, Minha Vida. O prédio terá outra característica, outras medições, um pouco maior o que o Vila Jardim”, completou.

O engenheiro ressaltou que, apesar de ainda não houver um prazo definido de quando os conjuntos habitacionais serão entregues, o processo está em andamento e espera que facilite a vida dos funcionários estaduais. “Quando os servidores se inscreveram, nós atingimos quase 10 mil servidores mostrando interesse, então, a intenção é conseguir acabar com esse déficit imobiliário”, avaliou Álvaro. (P.C)