Doenças mentais em comunidades indígenas é tema de reunião

A SEI (Secretaria Estadual do Índio), por meio do DPI (Departamento de Políticas Indígenas), em parceria com o DSEI Leste (Distrito Sanitário Especial Indígena do Leste de Roraima) e com o Distrito Sanitário Especial Indígena Ianomâmi, realiza nesta quinta-feira, 28, a partida das 8 horas, no auditório da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), na Avenida Capitão Ene Garcez, 1874, Centro, reunião técnica sobre doenças mentais em comunidades indígenas.

Representantes de órgãos municipais, estaduais e federais devem participar do encontro, cujo objetivo é discutir o agravamento das doenças mentais nas comunidades indígenas e propor medidas para o enfrentamento do problema. Outro tema a ser debatido é o infanticídio que, em Roraima, ainda é praticado entre o povo Ianomâmi.  

Foram convidados para participar das discussões a Funai (Fundação Nacional do Índio), DPU (Defensoria Pública da União), MPF (Ministério Público Federal), Sesau (Secretaria Estadual de Saúde), MPE (Ministério Público Estadual), DPE (Defensoria Pública Estadual), além de pesquisadores da área de saúde em geral e especificamente de psicologia.

O encontro está programado para começar com credenciamento, às 8 horas, e abertura oficial às 8h30. Pela manhã, técnicos e especialistas dos Distritos Leste e Ianomâmi devem apresentar um panorama da realidade em suas áreas de atendimento. Às 9 horas, a palestra será sobre o alcoolismo nas comunidades indígenas e seus agravos e, às 11 horas, haverá exposição de estudo sobre casos de infanticídio nas comunidades Ianomâmi.

No período da tarde, técnicos a autoridades convidadas discutirão soluções possíveis para as questões apresentadas. Haverá, a partir das 14 horas, debate sobre os assuntos expostos pela manhã. Às 16 horas, começam as apresentações de propostas para resolução dos problemas identificados no debate. O encerramento está previsto para 17h30.

Conforme o diretor do DPI, da SEI, professor Alfredo Silva Wapixana, coordenador do encontro, o alcoolismo, associado à disseminação de outras drogas lícitas e ilícitas nas comunidades está atingindo, de forma preocupante, homens e mulheres indígenas de praticamente todas as etnias. Ele ressalta ainda que esse fenômeno tem sido a porta de entrada para outros problemas, entre os quais, o agravamento das DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis), aumento da gravidez na adolescência e suicídio entre os jovens.

“É importante que todas essas questões sejam debatidas de forma responsável, com os devidos cuidados que os casos exigem, para que se encontrem soluções exequíveis e eficazes para os seus enfrentamentos”, frisou Alfredo Silva.