Durante a noite da segunda-feira, dia 21, e madrugada de ontem, dia 22, policiais militares que atuam em Caroebe, na região Sul do Estado, conseguiram identificar e prender dois suspeitos de terem matado, decapitado e esquartejado um homem na noite do último domingo, dia 20, numa casa abandonada que fica em um sítio localizado no quilômetro 2 da Vicinal 35 daquele município. A vítima foi identificada como Francisco José Vitor da Silva, de 28 anos.
Nas diligências, a Polícia Militar também tentou encontrar um terceiro envolvido no crime, mas apesar de ter sido identificado, ele continua foragido. “Nós já tínhamos os nomes, mas não tínhamos a localização deles”, explicou um dos policiais.
Depois de presos, os dois indivíduos confessaram o crime. Um dos elementos tem uma carpa tatuada no peito e foi identificado como Vinícius da Cruz Bezerra, de 18 anos. Segundo os registros policiais, ele é batizado por uma facção criminosa sob a alcunha de “R7” e desde os 15 anos pratica crimes com violência, além de ser usuário de drogas.
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O comparsa foi identificado como Ronaldo Borges Castro, de 27 anos, vulgo “Bala de Prata”. Ele não tem no histórico a prática de homicídio, mas já foi preso por roubo e furto. Estava há pouco tempo no Município de Caroebe, no entanto, exercia papel de líder para os faccionados da localidade.
A PM destacou que os indivíduos estavam escondidos. Um deles foi preso por volta de 20h da segunda-feira, em um bar da Vicinal 37, enquanto o outro suspeito foi localizado por volta de 1h de ontem, numa residência que fica num bairro afastado da sede do município. Nenhum deles resistiu à prisão.
Ambos receberam voz de prisão e foram conduzidos à Delegacia de São João da Baliza, que ficará responsável pelo caso, sob a coordenação do delegado Cid Guimarães. Ao fim das oitivas, a dupla foi autuada em flagrante e encaminhada para audiência de custódia com a Justiça que, foi realizada na noite de ontem.
De acordo com as informações apuradas pela polícia, a motivação do crime foi o fato de a vítima pertencer a uma facção rival, por isso os suspeitos receberam ordem da facção à qual são integrantes para executar Francisco. Na delegacia, eles contaram outra versão, afirmando que mataram Francisco por causa de uma dívida de drogas que a vítima teria com eles.
FAMÍLIA – A reportagem da Folha conversou com a única irmã de Francisco. Ela deu alguns detalhes sobre os momentos que antecederam a execução do irmão, afirmando que ele saiu da casa da mãe, em São João da Baliza, na tarde de domingo e viajou cerca de 30 quilômetros até Caroebe, onde deixou a filha com a mãe dela e depois disso não foi mais visto. Ele chegou à região há aproximadamente cinco meses, depois de passar alguns anos em Manaus. (J.B)
