No final da tarde de ontem, usuários de droga atearam fogo em um terreno baldio atrás da Escola Estadual Antônio Ferreira de Souza, no bairro Jardim Floresta, zona Oeste da Capital. Alguns moradores passaram mal com a fumaça e os bombeiros foram acionados.
O terreno faz divisa com o muro de trás da escola e fica à margem da movimentada Avenida Carlos Pereira de Melo. A vizinhança denunciou que o dono do imóvel não limpou o terreno este ano e que no local há vários criadouros de mosquito e de outros insetos. Moradores alegaram que já pegaram dengue.
Colado ao muro da escola, segundo os moradores, os viciados usam droga debaixo de uma árvore. Quando a polícia aparece, eles se escondem no matagal. O fogo de ontem, conforme os denunciantes, começou quando um grupo de jovens entrou no terreno à tarde para usar droga.
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“Nossos filhos correm risco porque esses drogados assaltam para comprar droga. Alunos da escola já foram atacados. Espero que alguém tome providência. É um absurdo usarem droga atrás da escola”, reclamou a dona de casa Damiana Nunes, de 49 anos, moradora do bairro.
Outro problema enfrentado pelos moradores é que os bandidos estariam usando o terreno para esconder aparelhos roubados. Até motocicletas utilizadas em assalto já foram escondidas no matagal. “A gente não tem sossego. O dono, que é advogado, deveria ter mais responsabilidade e limpar seu terreno”, cobrou uma comerciante.
O imóvel abandonado vai de uma ponta a outra do quarteirão atrás da escola. Debaixo da árvore, a equipe de reportagem da Folha encontrou vários papelotes vazios de droga e latas utilizadas no consumo de crack. Havia ainda uma fogueira acessa com folhas de caderno.
O tempo seco, segundo os bombeiros, contribui para os focos de incêndio. Quase duas horas depois, os militares apagaram o fogo e orientaram os moradores a terem atenção redobrada neste tempo e evitarem tocar fogo em lixo, o que é proibido pelas leis ambientais.
Policiais militares que fazem ronda pelo bairro Jardim Floresta adiantaram ontem, à Folha, que vão intensificar as rondas nas imediações da escola e verificar a denúncia dos moradores sobre o consumo de droga embaixo do pé de dão, atrás da escola.
PREFEITURA – No começo da noite de ontem, a Folha enviou e-mail à Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Boa Vista (PMBV) e aguardou resposta até as 20h. (AJ)
