Política

Empresários pedem apoio da Assembleia para combater invasão de terras

Representantes da União dos Empreendedores de Roraima (UNIR) estiveram reunidos ontem, 5, com o presidente da Assembleia Legislativa de Roraima, deputado Jalser Renier (SD), para pedir apoio no combate à massificação das invasões de terra no Estado.

Durante o encontro, os empresários pediram a imediata intervenção da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instalada essa semana pelos deputados estaduais, nas investigações sobre uma suposta indústria de invasões de terras em Roraima. Alguns deles relataram já terem vivido situação semelhante à do empresário que teve cerca de 560 hectares de terras invadidos no município de Cantá, recentemente.

Sobre essa demanda, o presidente disse que Assembleia já tomou providências ao criar a CPI da Invasão de Terras, e que os trabalhos já estão em andamento.

“Não apenas nas áreas que estão sendo invadidas, mas em todas as áreas que poderão ser invadidas ou ter futuros problemas”, garantiu.

A CPI é formada pelos deputados Marcelo Cabral (PMDB), presidente, Masamy Eda (PMDB), vice-presidente, Jânio Xingu (PSL), relator; Zé Galeto (PRP), relator-adjunto, e tem como membros os parlamentares Mecias de Jesus (PRB), Soldado Sampaio (PC do B) e Gabriel Picanço (PRB).

CARTÓRIOS – Na sequência, ainda durante a reunião, foram levantados questionamentos sobre custas cartorárias, que estão sendo praticadas pelos Cartórios locais. O presidente em exercício da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Roraima (Fecomércio-RR), Jadir Correa, espera uma solução rápida, principalmente no que tange aos usuários dos cartórios. “É praticar preços que caibam no bolso do pequeno empresário e da pessoa física que buscam os cartórios todos os dias para resolver seus problemas. São taxas que estamos considerando exorbitantes. Muita gente vai ficar à margem da lei”, disse.

Jalser Renier garantiu que vai intermediar um diálogo entre os cartórios e o Judiciário, na tentativa de solucionar a demanda. “De maneira que possamos convergir para um bom diálogo com os tabeliões do Estado, na busca de soluções para este problema. As custas subiram de tal maneira que a sociedade não tem condições de arcar. Precisamos encontrar meios, obviamente apoiados pelo Tribunal de Justiça, pelos tabeliões e pela sociedade, para que esta situação seja resolvida”, afirmou o presidente da Assembleia.