Cotidiano

Escola Barão de Parima recebe palestra sobre combate à exploração sexual infantil

Nesta semana ainda serão realizadas palestra e ação de panfletagem em alusão à data

Teve início nesta terça-feira (15) a programação em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes (18 de maio). A primeira ação foi uma palestra informativa realizada para alunos do 6º ao 9º anos do ensino fundamental da Escola Estadual Barão de Parima. O evento é promovido pelo Governo do Estado, por meio da Setrabes (Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social).

A coordenadora da Divisão de Ações e Média Complexidade, Shyra Coelho, explicou que estão sendo abordadas a tipificação das violências, como o abuso, exploração, tráfico, violência física e psicológica, com uma linguagem direcionada aos jovens.

“Com essa programação, procuramos despertá-los para as causas e efeitos decorrentes das violações dos direitos das crianças e adolescentes e incentivá-los a não se calarem e denunciar diante de situações como essas”, comentou Sryra, acrescentando que “a população está mais confiante na rede de proteção e, com isso, estamos percebendo uma redução daqueles que fecham os olhos para essa situação”.

O diretor da escola, Esmeraldino Correia dos Santos, enfatizou a importância de um assunto de tamanha relevância ser debatido entre os mais de 160 alunos e que essas informações são tratadas também dentro de sala de aula

“Trabalhamos com projetos que envolvem alunos, famílias e comunidade, acerca de vários temas importantes para a vida deles, como violência, drogas e disciplina. Esse eventos são importantes, porque quando o assunto envolve a vida desses jovens e a família, eles se interessam, querem ouvir”, explicou

Uma aluna do 9º ano, de 14 anos de idade, contou que começou a conversar com uma pessoa pela internet e, depois de algum tempo, começou a lhe enviar fotos pornográficas. “Descobri que ele tinha quase 40 anos. Fiquei com medo e falei para minha mãe o que estava acontecendo, e o excluí das minhas redes sociais. Fico feliz por tudo ter ficado bem. Por isso é tão importante que a pessoa tenha informação para saber o que fazer”.

A internet também foi o meio pelo qual a estudante Camila da Silva, de 12 anos, aluna do 6º ano, buscou informação sobre o assunto. “Mas é importante ter essa informação hoje, porque acho que nenhuma amiga saberia o que fazer se acontecesse com elas”.

PROGRAMAÇÃO – A programação continua na quinta-feira (17), às 10h, com palestra na Escola Estadual 13 de Setembro (Avenida Caracaraí, 237, Treze de Setembro).

Na sexta-Feira (18), às 9h, será realizada panfletagem na Avenida Mário Homem de Melo.

Para denunciar crimes de abuso ou exploração sexual de crianças e adolescentes, é só ligar para o Disque Direitos Humanos – Número 100, ou mesmo o 190, ou também procurar o Conselho Tutelar ou Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente.

SOBRE O 18 DE MAIO – No dia 18 de maio de 1973 uma menina da cidade de Vitória, Espírito Santo, foi sequestrada, espancada, estuprada, drogada e assassinada. Seus corpo foi localizado seis dias depois, desfigurado por ácido. Os agressores jamais foram punidos.

Após uma intensa mobilização, o movimento em defesa dos direitos das crianças e adolescentes conquistou a aprovação da Lei Federal 9.970/2000, que instituiu o 18 de maio como Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Criança e Adolescente.

O objetivo da data é mobilizar a sociedade e convocar para o engajamento na luta pelo fim da violência sexual.

 

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