Cotidiano

Estado já providencia retirada de ocupantes de terras da Codesaima

Desde quinta-feira à noite, integrantes da Famer ocupam área próxima ao Matadouro Público na BR-174

O governador em exercício, Paulo César Quartiero, se reúne hoje às 8h com a assessoria jurídica da Companhia de Desenvolvimento de Roraima (Codesaima) para discutir a retirada dos membros da Federação das Associações de Moradores de Roraima (Famer) da área pertencente à Codesaima. A terra fica na Vicinal Água Boa, na BR 174, a cinco quilômetros do Matadouro e Frigorífico Industrial de Roraima (Mafirr).

“Fiquei mais tranquilo sobre isso após ver a declaração do líder comunitário da ocupação. Ele disse que estão ali temporariamente, enquanto não acham uma área que atenda suas necessidades. Então a situação está sob controle”, declarou à Folha.

O grupo é o mesmo que antes estava em uma propriedade particular próxima ao Haras Cunhã Pucá, no Município do Cantá. O governador em exercício já havia divulgado uma nota de esclarecimento no sábado, 22, afirmando que a ocupação no Cantá se deu antes de ele assumir interinamente a chefia da administração estadual e que a Justiça estadual já tinha determinado a reintegração de posse do local, com disponibilização da força do Estado para uso, se necessário. “Reuni-me três vezes com o líder da invasão, no sentido de desocupar pacificamente o imóvel em litígio”, publicou.

Com a ida dos ocupantes da área no Cantá para a BR-174 sul, um Boletim de Ocorrência foi registrado na noite de quinta-feira, 20, e as Polícias Militar e Civil estão no local para impedir o aumento do número de famílias que ali chegam. A assessoria jurídica da Codesaima também foi acionada para reaver a propriedade.

“Estamos tomando as medidas necessárias para reaver o imóvel. A nossa postura é ter uma política de tolerância zero com invasões, entretanto a falta de oportunidades e emprego para a população necessitada recomenda que a lei seja cumprida, através de constante e inesgotável diálogo, procurando sempre buscar alternativas para amenizar as dificuldades dos vulneráveis”, declarou Quartiero.

FAMER – Desde sexta-feira, a reportagem tenta contato com o presidente da Famer, Faradilson Mesquita. No sábado pela manhã, ele afirmou que prefere não dar entrevistas à Folha. (N.W)