Cultura

Exame permite identificar a perda auditiva

O otorrinolaringologista Mauro Shimitz explica como funciona o exame da Impedanciometria

A membrana timpânica e os ossículos (martelo, bigorna e estribo) do ouvido podem ser avaliados pela Imitanciometria ou Impedanciometria. De acordo com o otorrinolaringologista Mauro Shimitz, os estímulos sonoros captados pelo ouvido fazem vibrar a membrana timpânica que movimenta os ossículos do ouvido que, por sua vez, gera estímulos que são levados ao sistema nervoso.

Segundo o médico, o preparo para o exame é muito simples e exige apenas que o paciente esteja com os condutos auditivos limpos e que evite sons muito altos durante as quatorze horas que antecedem o exame.

“A impedanciometria é um exame objetivo, que não dependente das respostas do paciente, além de ser simples e indolor. Uma pequena sonda é colocada no conduto auditivo externo de um dos ouvidos e um fone de ouvido no outro. Por meio dessa sonda injeta-se pressão”, explica.

Segundo ele, o exame possui também um pequeno canal que fornece estímulo sonoro e outro que transmite de volta as respostas a esses estímulos e avalia o grau de deslocamento do sistema tímpano-ossicular.

“O exame não tem contraindicações e pode ser feito em qualquer idade. Associado à audiometria, como em geral ocorre, o exame dura cerca de sessenta minutos”, reforça.

A impedanciometria tem o objetivo de avaliar as condições do ouvido médio, detectando se há ou não indícios de secreção nele, além disso, é possível checar a mobilidade do tímpano e dos ossículos e a disfunção da tuba auditiva.

“O exame é de grande utilidade para identificar otites catarrais crônicas e também permite identificar os tipos de perda auditiva, se condutiva ou neurossensorial.

A impedanciometria, juntamente com a audiometria é utilizada na avaliação da acuidade auditiva. A impedanciometria avalia as condições do ouvido médio e da tuba auditiva na ausência de perfuração do tímpano. Ela fornece dados dos reflexos do músculo estapédio”, explica o médico.