Cotidiano

Exército adia inauguração de novo abrigo

O atraso se deu em razão da instabilidade climática que vem castigando a capital nos últimos dias

A Força-Tarefa Humanitária confirmou nesta quarta-feira, 18, o adiamento da data de inauguração do Rondon 1, novo abrigo para imigrantes venezuelanos cuja abertura havia sido anunciada no início desta semana pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, durante reunião do Comitê Federal de Assistência Emergencial.

Por meio de nota, o órgão informou que o atraso se deu em razão da instabilidade climática que vem castigando a capital nos últimos dias. “As condições climáticas interferiram no cronograma de abertura do abrigo. Ainda estamos sem previsão de abertura para o Rondon 1”, informou.

Ainda segundo a Força-Tarefa, uma nova data de inauguração deverá ser divulgada em breve. O Rondon 1 terá capacidade para 500 imigrantes e funcionará em uma área atrás da Superintendência da Polícia Federal em Roraima, no bairro 13 de Setembro.

A reportagem também questionou o órgão se os contemplados seriam os imigrantes que aguardam vagas em frente ao abrigo do bairro Jardim Floresta, que informou que o cadastro e seleção são feitos pelo escritório do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) no Estado. “A proposta é atender o maior número possível de imigrantes em situação de vulnerabilidade”, completou.

REFÚGIO NO BRASIL – Segundo a Casa Civil da Presidência da República, entre 2015 até junho deste ano, mais de 56 mil venezuelanos procuraram a Polícia Federal para solicitar refúgio no país.

Desse número, o Governo estima que quase 4 mil estejam vivendo em abrigos espalhados pelo Estado. A gerência desses locais é compartilhada pelo Exército, por meio da Força-Tarefa Logística Humanitária, e pela Acnur.

“O Acnur trabalha oferecendo suporte técnico com o Governo Federal e Exército para o gerenciamento dos abrigos. Essa assistência inclui cadastro, produção de documentos de identificação para acessar os abrigos, procedimentos operacionais padrão para melhoria da coordenação do local, aquisição e distribuição de itens não alimentares, diagnósticos participativos para a população, identificação de casos de vulnerabilidade e encaminhamentos específicos”, disse a entidade.

Assim como a assessoria de imprensa da Força-Tarefa, a Acnur também confirmou a FolhaWeb que está aguardando a definição de uma nova data para iniciar os trabalhos no Rondon 1.

Publicidade