Polícia

Faccionado saiu da Cadeia para matar rivais, diz Polícia Civil

Prisão temporária de Robson Pereira Gomes, o “Robinho”, foi cumprida na Cadeia Pública de Boa Vista, onde ele já está preso

A medida em que as investigações dos homicídios ocorridos em Boa Vista avançam, a Delegacia-Geral de Homicídios (DGH) prende os envolvidos nos crimes. Na quinta-feira, dia 5, foi cumprido o mandado de prisão temporária de Robson Pereira Gomes, vulgo “Robinho”, comparsa de Evanildo Gomes Correa, vulgo “Nêgo Luxúria”.

De acordo com a DGH, “Robinho” foi interrogado a respeito de cinco homicídios qualificados e cinco tentativas de homicídios qualificados, delitos dos quais ele e “Nêgo Luxúria” são os principais acusados pela Justiça. Os crimes foram cometidos na segunda quinzena de maio, mês com alta incidência de ocorrências contra a vida, registradas nas delegacias da Capital.

Ele foi solto da Cadeia Pública de Boa Vista (CPBV) depois de ser beneficiado com saída temporária do Dia das Mães já com a ordem do líder da facção, da qual faz parte, para matar desafetos e membros do bando rival. As execuções se deram na companhia de “Nêgo Luxúria”. “Robinho” passou sete dias cometendo os crimes e depois se apresentou à unidade prisional onde cumpre pena, retornando ao encarceramento.

Conforme a investigação, conduzida pelo delegado Cristiano Camapum, “Luxúria” e “Robinho” fazem parte de uma célula de execução de uma facção. Para o titular da DGH, a prisão da dupla acelera a análise do caso e possibilita a completa elucidação dos crimes.

Em seu interrogatório, “Nego Luxúria” confessou a autoria do homicídio de Talisson Mendonça de Sousa, 22 anos, no dia 21 de maio deste ano, alegando que cometeu o crime numa espécie de vingança, para eliminar o desafeto de facção rival que já havia atentado contra sua vida em duas ocasiões.

A investigação da DGH mapeou os crimes da dupla e conseguiu o deferimento dos pedidos de mandados de prisões temporárias junto à Justiça Estadual, sendo cumpridos no dia 28 de junho contra “Luxúria” e na quinta-feira contra “Robinho”, que continua preso na CPBV.

A DGH informou que não pode relatar detalhes dos crimes para não atrapalhar as investigações, com exceção do homicídio de Talisson, cuja ação de Luxúria foi captada por imagens de câmara de segurança. Os criminosos foram reconhecidos por testemunhas e vítimas em várias ações. (J.B)