Polícia

Família continua em busca de adolescente com deficiência mental desaparecida

Na manhã da última segunda-feira, dia 07, a aluna Geovana Rodrigues, de 15 anos, que estuda na Escola Francisca Élzika de Souza Coelho, localizada na Rua Dom Pedro I, bairro Mecejana, desapareceu depois de ser deixada pelos parentes na unidade de ensino. Ela foi vista pela última vez com um homem, nas proximidades do estabelecimento de ensino.

Ontem, 10, pela manhã, a mãe e tia da garota procuraram a Folha para dar detalhes do desaparecimento e pedir divulgação do caso, que até o presente momento está sem solução.

A tia da menor, Juliana Rodrigues, foi quem deixou a estudante na escola naquela manhã. “Eu deixei ela umas 07h20 na escola, vi ela entrando, porque não saio antes de ela entrar. Quando eu fui buscar, 12h45, disseram que ela não tinha assistido aula”, contou.

Após saber do desaparecimento da sobrinha, Juliana disse que conversou com uma colega de Geovanna na frente da escola, que disse que tinha visto ela mais à frente com um homem que estava em uma bicicleta, vestido com uma camisa vermelha, calça preta e boné. A bicicleta era azul com aros brancos. “Quando cheguei na Escola todo mundo já tinha ido embora, mas uma mulher que trabalha lá estava bem na frente conversando com o porteiro. Eu perguntei logo do porteiro e da mulher. Eles disseram que não tinham visto a Geovanna. O porteiro disse que era novo e que não conhecia ela, que não viu nenhuma aluna voltando ao portão. Foi quando essa mulher ligou para a diretora, mas já não tinha ninguém na escola”, relatou a tia.

Segundo os familiares, Geovanna estava vestida com a farda escolar, sendo uma calça jeans, camisa com a identificação da escola, tênis preto e usava uma mochila vermelha. “Ela nunca sai de casa sozinha, ela tem dificuldade para falar, as pessoas quase não conseguem entende-la. Ela não sabe andar sozinha pela cidade, é especial, sofre de hipertensão e talvez de problemas no coração. Nem para a casa de coleguinhas ela vai. Ela não sai”, enfatizou.

O caso foi registrado na Polícia Civil e, segundo a mãe da adolescente, Júlia Rodrigues, um grupo de policiais militares e civis, guardas municipais, bombeiros e homens do Exército estão fazendo ronda em todos os bairros à procura de Geovanna.

A família garante que a menina entrou na escola e pretende mover uma ação contra o Estado. “Inclusive a diretora falou para minha irmã que o porteiro fica no portão, mas ele não fica, porque se ele tivesse ficado, ela não tinha saído de dentro da escola. Esse é um problema muito sério porque ela estava dentro da escola. Quando o aluno está dentro da escola, a responsabilidade é totalmente do Estado. Se Deus quiser ela vai aparecer. Depois disso, a gente pretende mover uma ação contra o Estado”, ressaltou a família.

A família apelou ao sequestrador que devolva a adolescente, deixando-a em alguma praça, parada de ônibus, de modo que ela seja reconhecida por alguém e entregue à polícia. A casa da família fica no bairro Jardim Floresta e a tia acredita que se a adolescente estiver por perto de casa, saberá voltar sozinha tanto para a escola quanto para a residência onde mora, caso não esteja muito atordoada.

GOVERNO – Em nota, a Secretaria Estadual de Educação e Desporto (Seed) informou que a adolescente, estudante da Escola Estadual Francisca Élzika de Souza Coelho, não compareceu à aula no dia 07 de agosto, tendo em vista que nos dois primeiros tempos de aula de 7h30 as 9h30, a aluna está com registro de falta.

A nota destaca que a escola faz o controle da entrada e saída dos alunos na instituição, só sendo permitida a saída de alunos acompanhados por familiares. A Seed esclareceu ainda, que a escola tem dado todo apoio à família, prestando as informações necessárias e colaborando com as investigações.

INVESTIGAÇÃO – A Polícia Civil de Roraima informou, também em nota, que o Núcleo de Pessoas Desaparecidas está investigando o caso e a polícia está em diligência em busca da adolescente. Outras informações não podem ser repassadas no momento para não atrapalhar os trabalhos de investigação. (J.B)