Polícia

Família suspeita de execução no caso de corpo encontrado em vicinal

No fim da tarde de segunda-feira, 18, o Instituto de Identificação e o Instituto de Medicina Legal (IML) conseguiram identificar o corpo encontrado na sexta-feira, 15, na Vicinal 14 do Município de Rorainópolis, no Sul do Estado. Trata-se o autônomo Carlos Alberto Alves da Silva, de 52 anos. 

Segundo a família, o homem foi visto pela última vez há oito dias até ficarem sabendo da morte. No dia 10, ele conversou com a esposa e disse que faria uma viagem a Manaus (AM) para transportar uma mercadoria, uma vez que trabalhava como motorista fazendo entrega de produtos na Venezuela.

“Na sexta-feira, dia 08, ele foi assaltado e levaram o celular dele. Por causa disso, ele falou que ficaria sem contato com a gente e quando estivesse em Manaus daria um jeito de comprar um novo telefone ou ligaria para dizer como estava, mas nunca ligou”, destacou a esposa.

A cunhada da vítima, Hila Maria, disse à Folha que a suspeita é de que as pessoas com que ele negociava tenham executado o crime, mas que a família nunca soube que ele estava sofrendo algum tipo de ameaça ou que tinha inimigos declarados. “A gente acredita que tudo foi programado”, frisou.

“Quando o IML ligou, nós tomamos um susto porque não imaginávamos que o corpo seria dele. A gente não fez registro algum na delegacia sobre desaparecimento”, acrescentou.

De acordo com o IML, o corpo não estava sem cabeça, como foi divulgado. “Pelas fotos parece que não tinha cabeça, mas a cabeça estava enterrada no chão, por isso não aparecia na foto. Eu acho que foi se decompondo e afundando na terra”, explicou a cunhada.

O laudo pericial aponta que cinco tiros perfuraram a região torácica da vítima. “O corpo foi identificado depois de um trabalho muito bem elaborado e minucioso por parte dos peritos”, frisou a direção do IML. José Carlos deixou duas filhas e esposa, com quem morava no bairro 13 de Setembro, região Sul da Capital. (J.B)