Cotidiano

Familiares de presos protestam contra o cancelamento de visitas

Cerca de quinze pessoas se reuniram na BR-174 para manifestação

Superlotação, sujeira, falta de água, higiene e alimentação inadequada. O relato é de cerca de 15 mulheres, esposas e mães de presos da Penitenciária Agrícola do Monte Cristo que, reunidas na próximo a Br-174 ( em direção a PA), protestaram na manhã de hoje (27) contra a situação a que os detentos seriam submetidos.

Elas reclamam da proibição de visitas e do tratamento dos agentes penitenciários com as famílias. “São truculentos até com a gente, avisaram que não teriam visita com a mão na arma que estava na cintura. Somos mãe de família, não precisa falar assim com a gente, meu marido está pagando pelo que fez, ele é um ser humano”, conta a dona de casa que preferiu não se identificar.

Outra manifestante afirmou não haver condições de higiene para viver, fazendo com que os presos tenham constantes problemas de saúde, como intoxicações alimentares e infecções.

“A gente vê de tudo. Muita barata inclusive na comida servida, que já chega azeda, estragada, as vezes crua. Não é a comida que a Secretaria mostra a imprensa”, afirma.

Outro motivo de revolta é a falta de comida. “Os presos estão sem comer há dias, tiveram que matar um gato para se alimentar e eu tenho fotos disso. Não é um tratamento humanitário, onde está os direitos humanos?” contou .

Para ela, o problema maior dos agentes penitenciários é generalizar o tratamento dos presos. “A maioria só quer cumprir a pena, sem criar problema para os outros e para si próprio. Mas, se um erra, todos pagam”, finalizou.

O outro lado

A Sejuc (Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania) informou que o fornecimento de comida nas unidades prisionais do Estado está normalizado, mas os reeducandos estão se recusando a comer.

Todas as medidas adotadas visam garantir a tranquilidade no sistema prisional no sentido do cumprimento das penas e da segurança dos servidores.