Cotidiano

Fechado para o público, parque aquático vira criadouro de mosquitos

Governo afirmou que piscinas estão sendo esvaziadas e um produto químico será utilizado para evitar a proliferação dos mosquitos

O Parque Aquático do bairro Jardim Primavera já foi ponto de lazer para muitas famílias, mas agora está abandonado, mesmo após decisão judicial que determinou a reforma imediata, naquele e nos outros parques aquáticos de Boa Vista, pelo Governo do Estado. Fechado para o público, o local está aberto para as mazelas, como os mosquitos que procriam na água suja acumulada.

O tapeceiro Wellington Silva Ribeiro, que cresceu no bairro e frequentava o parque aquático quando criança, contou que o lugar sempre ficava lotado e servia também para pessoas que precisavam de fisioterapia. “Isso aqui era muito cheio aos finais de semana e alguns idosos faziam fisioterapia na piscina. Era bem legal. Tem uns cinco anos que parou de funcionar e ninguém sabe o porquê”, explicou.

Ele disse ainda que, devido às fortes chuvas, as piscinas ficaram cheias de água e, consequentemente o número de mosquitos aumentou.“Todo mundo aqui da rua já adoeceu de chikungunya. Toda semana alguém adoece. Fizeram uma limpeza no tanque há uns dois meses, só que encheu de novo”, disse.

Segundo o pintor Elielson Rodrigues, que mora há 21 anos no bairro, os órgãos responsáveis precisam fazer algo a respeito dos mosquitos e também do parque abandonado. “Cresci indo brincar nesse parque. Agora ele serve apenas para transmitir doenças e isso é muito triste”, lamentou.

OUTRO LADO – Em nota, a Secretaria Estadual de Educação e Desporto (Seed) informou que já foram dados os primeiros passos para revitalização dos espaços e que os reparos estão sendo realizados por meio de um convênio firmado com a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), em que reeducandos do regime semiaberto estão realizando o serviço de limpeza das áreas e pequenos reparos.

Sobre o aumento de mosquitos Aedes aegypti no local, a Seed disse que todos os tanques de piscinas de parques aquáticos na capital estão sendo esvaziados e um produto químico também é utilizado para evitar a proliferação dos mosquitos. (G.M)