Folha comemora 34 anos hoje como porta-voz da sociedade roraimense

O jornal Folha de Boa Vista comemora 34 anos de criação neste sábado, 21. Criado por empresários e jornalistas, a empresa foi adquirida no fim dos anos 1980 pelo economista Getúlio Cruz e, desde então, tem sido administrado pela família. À frente da administração da Folha nos últimos anos, a diretora-geral Paula Cruz explicou que uma das características mais importantes do jornal é que seu nascimento foi diferente dos demais veículos de comunicação. 

“A Folha nasceu pela visão de jornalistas e empresários, que achavam que a sociedade de Boa Vista precisava de alguém que fosse o porta-voz e falasse os anseios da sociedade, sem a intenção de defender grupos políticos”, afirmou. “Essa essência nós tentamos manter até hoje”.

A diretora esclareceu que a forma como o jornal vem sendo produzido sofreu alterações ao longo dos anos, com a inovação tecnológica e a evolução digital, porém, o compromisso com a sociedade permanece o mesmo. “A premissa é sempre renovar o compromisso com o nosso leitor e não perder a capacidade de indignação, tentando sempre fazer o nosso melhor. Tem momentos em que a gente erra, mas nunca com a intenção de prejudicar alguém”, frisou.

PRÓXIMOS PASSOS – No momento, o horizonte da Folha é continuar investindo na internet, na FolhaWeb e no aplicativo do jornal, uma reformulação de conteúdo e imagem do jornal impresso e migração da Rádio Folha de AM para FM.

“Nós continuamos investindo no site cada vez mais, algo que é natural. O impresso sofreu uma reformulação de diagramação este ano e, a partir do ano que vem, ocorrerá uma modificação de conteúdo, com adição de novas páginas. Também estamos em desenvolvimento com o nosso aplicativo, que já está disponível para Android e, no momento, estamos em teste para poder alcançar também os aparelhos iOS”, afirmou.

Outro plano é a entrega do projeto de digitalização de todo o arquivo do jornal, previsto para ser lançado no próximo ano. “Estamos em parceria com a Universidade Federal de Roraima [UFRR], em um projeto sob a coordenação e esforço do professor Maurício Zouein. Depois que estiver tudo pronto, vamos disponibilizar o acesso gratuitamente para qualquer pessoa na Biblioteca Nacional”, informou Paula. “A maior herança que vamos deixar para o Estado de Roraima é esse banco de dados”.

O professor da UFRR, Maurício Zouein, disse que o projeto está hoje 80% completo e deve ser lançado no segundo semestre de 2018. “Para a Comunicação em Roraima, para o jornalismo e a própria sociedade, é de suma importância esse trabalho que a Folha está fazendo. Já havia um documento de pesquisa, mas passa a ser uma questão de democratizar a informação no sentido de dar acesso a todo mundo e socializar a informação para que todas as pessoas possam se conectar por meio da internet”, acrescentou.