Cotidiano

Fórum debate utilização de tecnologia no planejamento urbano da Capital

A Prefeitura de Boa Vista está realizando, em parceria com o Grupo Arnaiz&Partners, o Fórum Cidade Inteligente e Humana – Boa Vista 2020, com o objetivo de debater a adequação de novas tecnologias para a qualidade de vida dos habitantes da Capital. O evento iniciou ontem e continua nesta terça-feira, 30, no auditório do Sebrae, localizado na Rua Governador Aquilino Mota Duarte nº 1771, bairro São Francisco, zona norte.

No primeiro dia, a programação contou com palestras de no mínimo quinze minutos com profissionais de renome nacional e internacional, sobre a conceituação de Cidade Inteligente e Humana; o cenário atual de Boa Vista; a metodologia do planejamento estratégico de Cidade Inteligente e Humana – Boa Vista 2020; governança; desenvolvimento econômico; desenvolvimento social e sociedades inteligentes.

Neste segundo dia, a previsão é que os assuntos abordados sejam educação; dados abertos e a Lei da Transparência; planejamento urbano e habitação; mobilidade urbana; saúde; meio ambiente; energia; segurança urbana; sustentabilidade financeira e regulamentação. As discussões também estão sendo disponibilizadas ao vivo na página do Youtube da Prefeitura de Boa Vista.

Após as palestras, iniciam-se os debates sobre os temas com os profissionais, a equipe de gestores da Prefeitura, funcionários públicos, estudantes, sociedade civil e formadores de opinião, para, por fim, elaborar a execução do Plano Estratégico de Cidade Inteligente e Humana de Boa Vista. Espera-se que o documento seja finalizado e apresentado à população em geral, ainda esta semana.

Um dos palestrantes, Felipe Rocha, que atua no desenvolvimento de projetos integrando Tecnologia e Políticas Públicas, esclareceu que a Capital está sendo uma das pioneiras do conceito de Cidade Inteligente e Humana. “Boa Vista é a primeira cidade do Brasil a desenvolver um planejamento estratégico de cidade inteligente e humana de forma integral. As outras localidades que tem outros exemplos são focados muito em áreas específicas, e Boa Vista não. É o primeiro trabalho focado na integração de todos os setores”, afirmou.

“Com isso, existem dois ganhos. O primeiro é para a cidade de Boa Vista, que pode se orgulhar de trazer esses profissionais para cá e no compartilhamento de conhecimento. Segundo, que esse possa ser um exemplo para o Brasil, que o restante do país possa se apropriar do que está sendo realizado aqui e possa levar isso em consideração, para a sua própria realidade. É um movimento que pensa em Boa Vista, mas que também pensa no coletivo”, afirmou Rocha.

PREFEITURA – Para a prefeita Teresa Surita, a parceria com o Grupo Arnaiz, de Madrid, na Espanha, surgiu para auxiliar na criação e implantação de um plano estratégico da Capital para os próximos 20 anos. “O importante é instalar a questão de uma cidade humana e inteligente, ou seja, a tecnologia voltada para a qualidade de vida das pessoas. Esse planejamento vai nos dar a condição para que a gente possa ter um caminho efetivo da implantação daquilo que é importante em uma cidade”, ressaltou.

Segundo Teresa, a modernização tem que ser utilizada como uma aliada. “Hoje tudo é tecnologia, se você for trabalhar na agricultura, na iluminação, educação, infraestrutura, saúde, serviço público. Queremos uma cidade atual e integrada e, para isso, vamos participar com todos os secretários junto aos especialistas. Vamos levar a nossa dificuldade e ver a possibilidade de saída, para que a gente possa evoluir esse processo de tecnologia”, disse.

“Não é um trabalho a curto prazo, é de ao menos 20 anos, mas vamos dar o primeiro passo, vamos começar com boas ações para que a gente possa ter uma continuidade e a cidade possa abraçar o programa. Nós queremos fazer isso, até porque Boa Vista é uma cidade distante e eu acredito que esse é o caminho para que a gente se aproxime do resto do país”, frisou.

PARCERIA – O presidente do Grupo Arnaiz&Partners, Leopoldo Arnaiz, também classificou a parceria entre as instituições como positiva e salientou que a utilização de tecnologia para o planejamento urbano aproxima o controle aos próprios moradores.

“O que faz diferença no uso das novas tecnologias é o modo de produzir as cidades. O município passa a ser dos cidadãos, que tem o controle do que querem e como querem modificar sua cidade. Parece fácil, mas depende de uma grande disposição dos governantes e da população, levando em consideração a comunicação, implantando mecanismos que vão melhorar o acesso com os cidadãos”, frisou. (P.C.)