Política

Futuro de Eduardo Cunha será decidido nesta segunda-feira

Sessão que poderá cassar o mandato do deputado está confirma para as 19 horas

O futuro de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deverá ser decidido nesta segunda-feira, 12. O relator do processo contra o deputado federal afastado, Marco Rogério (DEM-RO) será o primeiro a falar na sessão marcada para as 19 horas (horário de Brasília). Segundo a Secretaria-Geral da Câmara, ele terá 20 minutos para apresentar os argumentos favoráveis a cassação do mandato do peemedebista.

Depois de quase oito meses em que a representação esteve nas mãos do colegiado, Marcos Rogério formulou o parecer que resultou na continuidade do processo por um placar de 11 votos a nove, em junho.

No texto, o deputado afirma que Cunha é o dono de pelo menos quatro contas na Suíça e classificou as mesmas como “verdadeiros laranjas de luxo”.

Após apreciação do relatório de Rogério, os advogados de Eduardo Cunha terão o mesmo tempo para rebater os argumentos da acusação. O próprio Cunha já teria inclusive confirmado presença na sessão e também poderá se manifestar, reforçando, em 25 minutos, sua defesa.

Com a conclusão desta fase inicial, os deputados que forem se inscrevendo poderão falar por cinco minutos cada. Mas segundo a secretaria da Casa, esta etapa da sessão pode ser interrompida a partir da fala do quarto parlamentar, se houver um acordo e a maioria em plenário decidir pelo fim da discussão.

A votação será nominal e o posicionamento de cada deputado será anunciado abertamente pelo painel eletrônico. Para ser cassado, são necessários 257 votos, o que equivale à maioria simples dos 513 deputados.

Eduardo Cunha, que foi notificado sobre a sessão na última quinta-feira, 08, pelo Diário Oficial da União, deve contar com o apoio de aliados que podem apresentar questões de ordem.

O peemedebista quer que, a exemplo do que ocorreu no impeachment de Dilma Rousseff no Senado, a votação seja fatiada, ou seja, que os parlamentares decidam separadamente sobre a perda do cargo e sobre a perda dos direitos políticos.

Com informações da Agência Brasil (EBC).