Política

Governador exonera cúpula da Secretaria do Índio

Postagem em rede social leva à demissão de Dilson Ingarikó e do adjunto Hugo Cabral

Uma postagem em rede social levou à demissão da cúpula da Secretaria Estadual do Índio, no primeiro ato do governador em exercício Paulo Quartiero. O secretário do Índio, Dilson Ingarikó, e de seu adjunto Hugo Cabral foram demitidos nesta segunda-feira (17).

Os dois teriam comemorado a decisão da Justiça Federal em demarcar a área indígena Anzol em Roraima

A divulgação oficial sobre a demissão será feita em entrevista coletiva hoje (17) às 16h , no palácio senador Helio Campos. Ainda não foi definido quem substituirá os exonerados.

O governador Paulo Quartiero explicou com exclusividade para a Folha as razões da exoneração.

“Todo empregado ao órgão tem que ter lealdade ao patrão, no caso o governo de Roraima. A demarcação de uma nova terra indígena é ruim para o governo e para o Estado pois prejudica o restante da população. É extremamente prejudicial para Roraima e isso após o governo federal prometer que não iria mais demarcar terra indígena aqui”

 GOVERNO EM EXERCÍCIO

A governadora Suely Campos (PP) tirou licença do cargo por uma semana. O anúncio foi feito na noite deste domingo, 16. No comunicado, que não deixou claro os motivos do afastamento, a Governadora informou que será substituída pelo Vice-governador, Paulo César Quartiero até a próxima segunda feira dia, (24).

Esta é a primeira vez que Suely Campos se afasta do cargo, em dois anos e quase quatro meses de mandato.

AREA INDÍGENA

A demarcação da comunidade indígena Anzol é resultado de uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal. O pedido foi aceito pela Justiça Federal de Roraima que deu parecer favorável determinando que a União Federal e a Fundação Nacional do Índio (Funai) efetive o procedimento administrativo de demarcação em prazo de cinco anos, conforme decisão da juíza federal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Luzia Farias da Silva Mendonça, emitida recentemente, no último dia 31 de março.

A comunidade foi excluida do processo de demarcação da Terra Indígena Serra da Moça, em 1982 juntamente com a comunidade indígena Lago da Praia que também pediu judicialmente para ser demarcada.