Governadora vai reforçar pedido de ressarcimento

Em Brasília, a governadora Suely Campos falou ainda da expectativa em relação à visita do presidente Michel Temer ao Estado prevista para amanhã, 21. Suely antecipou que vai solicitar a implantação de um Hospital de Campanha para atender aos imigrantes venezuelanos e reiterar o pedido de ressarcimento dos gastos que o governo estadual foi obrigado a custear nas áreas de saúde, educação e segurança pública, em decorrência da crise migratória. O valor apresentado no STF é de R$ 184 milhões.

“Depois de 120 dias, Temer está retornando em Roraima e vamos reiterar os nossos pleitos colocados naquela reunião em fevereiro, como o ressarcimento de tudo que o Estado teve que gastar obrigatoriamente no custeio das políticas em relação aos venezuelanos nas áreas de saúde, educação e segurança”, disse.

Segundo ela, o governo estadual vai solicitar a construção do Hospital de Campanha para que seja feito exclusivamente o atendimento dos imigrantes, para desafogar os hospitais estaduais e assim garantir maior capacidade de atender os roraimenses.

A governadora observou que vem dizendo “insistentemente que o governo federal trate Roraima como Brasil”, sem que haja a resposta efetiva da União para os pleitos do Estado, agravados pela crise migratória. “Nós temos uma demanda aumentada na saúde [6.500%], na educação [400%] e impacto na nossa segurança em relação ao fluxo imigratório. Isso é uma realidade sobre a qual o Brasil não pode fechar os olhos”, afirmou.

Suely antecipou ainda que vai reiterar ao presidente da República a solução de outros problemas crônicos que travam o desenvolvimento do Estado e que não dependem de recursos, mas de simples vontade política.

“O povo de Roraima espera que ele efetive a transferência das terras da União para o estado, que está travada na Secretaria de Patrimônio da União sem nenhuma justificativa. O estado precisa crescer, precisa ter a garantia jurídica de suas terras. Vamos requerer novamente a repactuação da dívida contraída pela gestão anterior, que compromete a capacidade de custeio e investimento nesse momento de grave crise que enfrentamos em decorrência da imigração”, afirmou.

Ao ser questionada sobre a expectativa de o presidente atender essas demandas, uma vez que não autorizou a Advocacia Geral da União a propor acordo na audiência de conciliação realizada pela ministra Rosa Weber, na Ação Originária Cível, ajuizada no Supremo Tribunal Federal pedindo o ressarcimento dos gastos com os imigrantes e o fechamento da fronteira com a Venezuela, Suely Campos afirmou que o povo de Roraima espera uma satisfação do presidente.

“Eu espero que o presidente Temer seja acessível, que ele não saia do solo roraimense sem dar uma satisfação de todas as questões que estamos tratando há muito tempo, pois essa ausência de cooperação da União vem prejudicando a qualidade das políticas públicas”, frisou.