Governo anuncia criação de plano integrado para tratar migração venezuelana

O recente fluxo de migrantes venezuelanos para o estado de Roraima e os desdobramentos para o SUS (Sistema Único de Saúde) foram pauta de uma reunião que ocorreu nesta quarta-feira, 5, em Brasília, na Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde. 

O encontro, que surgiu de um convite da secretária do MS, Gerlane Baccarin, contou com a presença do comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar de Roraima e Coordenador Estadual de Defesa Civil, Coronel Doriedson Ribeiro, o secretário das Cidades, Anselmo Gonçalves, a secretária Adjunta da Representação do Governo do Estado de Roraima, Márcia Souto Maior e o Secretário de Estado da Saúde, Paulo Linhares.

Também participaram da reunião a representante da Casa Civil da Presidência da República, Lea Sales, os titulares da Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde (SGTES), Rogério Abdalla e da Secretaria Especial de Saúde Indígena, Marco Toccoloni, o secretário Municipal de saúde Boa Vista, Cláudio Galvão Santos; e o secretário Municipal de Saúde de Pacaraima, Roni Elli da Silva Amorim.

A reunião tratou de outros temas também e finalizou com a proposta de construção de um Plano de Ação Integrado (PAI), tripartite (união, estado e município), com quatro frentes de ação: saúde, educação, segurança pública e assistência social. O modelo que será utilizado para criação do PAI é semelhante ao utilizado no Gabinete Integrado de Gestão Migratória (GIGM), criado por meio de decreto governamental, para o enfrentamento da crise de migração venezuelana.

O Governo de Roraima, por meio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil vai apresentar o plano para que seja discutido e aprovado pelos participantes do trabalho no dia 24 de abril, com atribuições específicas para cada ente federado envolvido no processo. “Essas ações, antes de tudo, são ações humanitárias. Entretanto, também são ações de defesa social que buscam evitar a existência de crianças nos semáforos das nossas cidades pedindo dinheiro e em situação de risco. É necessário que haja o compartilhamento das responsabilidades entre a União, o Estado e os municípios de Boa Vista e Pacaraima para que juntos encontremos soluções sustentáveis para as consequências da imigração venezuelana”, disse o coronel Doriedson Ribeiro.