Política

Governo de Roraima pede liberação de R$70 milhões para saúde pública

Em reunião no Ministério da Saúde, comissão liderada pela governadora pediu a liberação dos valores destinados pela bancada federal

Em reunião com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, na tarde desta quarta-feira, 22, representantes do Governo de Roraima pediram a liberação de R$ 70 milhões referente à emenda da bancada federal deste ano. O valor será aplicado no custeio das unidades de saúde do Estado e credenciamento de leitos de retaguarda para diminuir a superlotação e melhorar o atendimento prestado nos hospitais do Estado.

Durante o encontro, a governadora Suely Campos (PP) solicitou apoio para os procedimentos de média e alta complexidade, a implantação do serviço de radioterapia no Estado e uma Unidade Básica de Saúde Fluvial para atender à saúde da população ribeirinha. “O ministro foi receptivo aos nossos pleitos e disse que atenderá a todas as nossas demandas, estando apenas no aguardo da abertura do Orçamento do Governo Federal”, informou.

Neste ano, os 11 parlamentares da bancada federal de Roraima solicitaram cerca de R$ 70 milhões do Orçamento da União de 2017 para que o Governo do Estado invista nas despesas correntes da Saúde, o que permitirá minimizar a falta de recursos com pessoal, materiais médico-hospitalares e de consumo. O valor será empregado em despesas como leitos de retaguarda, fornecimento de materiais e medicamentos, e manutenção de equipamentos.

O recurso é necessário, considerando o aumento significativo na demanda e nos custos das ações e serviços públicos de saúde, coisa que os recursos destinados para esta finalidade não vêm sendo suficientes.

Além de atender à população residente, Roraima recebe estrangeiros e indígenas, além de ficar distante dos principais fornecedores de materiais e medicamentos, o que encarece os custos. Isso não é considerado no momento do repasse financeiro ao Estado. Por isso, foi feita a proposta de aumentar de R$3,9 milhões para R$ 7 milhões o aporte financeiro mensal permanente no bloco da Média e Alta Complexidade (MAC).

O Estado mantém hoje 60 leitos de retaguarda no Hospital Lotty Íris para atender aos pacientes da rede pública. Destes, somente 44 contam com recursos federais; o Governo do Estado arca sozinho com os 16 restantes, para os quais a governadora também pediu apoio.  Com isso, será possível continuar disponibilizando estes 60 leitos, que são de suma importância para reduzir imediatamente a superlotação nas unidades de saúde.

RADIOTERAPIA – O governo também reiterou o pedido de celeridade no processo de implantação do serviço de radioterapia, considerando que Roraima ainda não dispõe do serviço, embora esteja incluído no Plano Nacional de Expansão da Radioterapia com Branquiterapia, do Ministério da Saúde.

A proposta é que o ministério construa o prédio, coloque o aparelho de radioterapia e arque com manutenção durante cinco anos. Caberá ao Estado a contratação de profissionais, a compra de mobiliário e demais equipamentos para equipar o prédio, que deverá ser construído no HGR (Hospital Geral de Roraima).

Em 2016, o Governo do Estado enviou 177 pessoas para atendimento oncológico por meio de TFD (Tratamento Fora de Domicílio), o que além de custar caro para o Estado, é um transtorno para os pacientes que precisam se afastar de seus lares para obter tratamento.