Política

Governo deve prorrogar campanha de vacinação contra o sarampo

Diante do avanço, o Ministério da Saúde alerta reforço na vigilância e a imunização

O governo deve prorrogar a campanha de vacinação contra sarampo em Roraima em virtude da baixa adesão. A menos de uma semana do prazo inicialmente previsto para o fim da iniciativa (10 de abril), menos de 10% do público alvo foi imunizado.

Dados preliminares divulgados pelo Ministério da Saúde indicam que 39 mil pessoas tomaram a vacina. O objetivo era proteger pelo menos 400 mil pessoas, dentre elas 100 mil venezuelanas que agora vivem no Estado.

Enquanto os índices de vacinação estão muito abaixo do planejado, os casos de sarampo avançam de forma rápida. Foram notificados até o momento 213 casos suspeitos, dos quais 42 foram confirmados. Os registros começaram a ser contabilizados em fevereiro. Além do aumento do número de notificações, a doença se alastra. Casos suspeitos, antes concentrados em Boa Vista, já atingem 9 municípios. A doença é altamente contagiosa

A cobertura vacinal de sarampo no País está muito abaixo do que seria considerado seguro. A média nacional indica que 68% da população tem as duas doses da vacina. O ideal é que 80% esteja protegido. Integrante do Programa Nacional de Imunização, Ana Goretti Maranhão classificou em março como uma “tragédia” a cobertura vacinal contra sarampo no Brasil

O Brasil havia recebido em 2016 o certificado de eliminação da doença. Os últimos casos registrados no País haviam sido em 2015, num surto no Ceará. A retomada de casos começou a ser notada neste ano. A mudança é atribuída à chegada no País de pessoas já infectadas pelo vírus.