Política

Governo e oposição compõem blocos e lutam por hegemonia

Comissão de Constituição e Justiça e a Comissão de Orçamento são as mais almejadas pelos dois grupos na Assembleia Legislativa

A formação de novos blocos, a partir da mudança de parlamentares para a base governista, vai modificar a composição das comissões permanentes da Assembleia Legislativa de Roraima. O deputado Mecias de Jesus (PRB) é o novo líder do bloco da maioria, que unificou os integrantes da base do governo, que agora somam 12 parlamentares. “Desta forma, aumentaremos a representação nas comissões e faremos um bloco forte no parlamento”, disse o deputado Brito Bezerra (PP), que continua líder do governo na Assembleia.

O bloco governista passa a contar com a participação dos deputados Coronel Chagas (PRTB), Odilon Filho (PEM), Joaquim Ruiz (PTN), Jânio Xingu (PSL), que somam ao grupo que tinha Brito Bezerra (PP), Aurelina Medeiros (PTN), Mecias de Jesus (PRB), Soldado Sampaio (PC do B), Flamarion Portela (sem partido), Evangelista Siqueira (PT), Gabriel Picanço (PRB) e Ângela Águida Portela (PSC).

Já o grupo G12 também articula como melhor dispor seus representantes nas comissões. O bloco de oposição conta com os deputados George Melo (PSDC), Jorge Everton (PMDB), Lenir Rodrigues (PPS), Valdenir Ferreira (PV), Chico Mozart (PRP), Masamy Eda (PMDB), Dhiego Coelho (PSL), Marcelo Cabral (PMDB), Izaias Maia (PT do B), Zé Galeto (PRP), Naldo da Loteria (PSB) e o presidente da Casa, Jalser Renier (SD).

Com os blocos partidários definidos, as articulações seguem para a divisão das comissões, por onde tramitam todas as matérias da Casa. A possibilidade de negociação entre os dois grupos ainda parece distante para ver como fica o comando das duas principais comissões da Assembleia, a Comissão de Constituição, Justiça e Redação, e a Comissão de Finanças, Tributação, Fiscalização e Controle.

Conforme explicou o superintendente legislativo, Júnior Vieira, após os líderes apresentarem os deputados que estão compondo cada grupo, será feita a composição das comissões baseada nesses cálculos. “É apresentada a composição dos grupos e, com base nessa apresentação, é feita a formação das comissões. Na prática, é preciso fazer um recálculo, onde pode ser que se percam algumas presidências e alguns parlamentares de grupos e integrantes de comissões sejam trocados sempre respeitando as proporcionalidades”, disse.

Vieira afirmou que as decisões são tomadas por maioria dos membros de comissão que também fazem deliberação. “As principais comissões, como a de Constituição e Justiça e Orçamento, é que devem sofrer mudanças. O regimento diz que por vontade do presidente é possível fazer um recálculo e está sendo feito diante de fatos pontuais. Na CCJ já tem dois blocos e não há que se falar em recálculo, mas na Comissão de Orçamento as mudanças podem ocorrer”, complementou.