Greve dos caminhoneiros pode causar desabastecimento em RR

Com a oscilação variante e praticamente diária do preço da gasolina e do diesel no Brasil, determinados pela nova política da Petrobras, o brasileiro tem sofrido com falta de dinheiro no bolso para abastecer seu veículo e já teme encontrar produtos básicos da alimentação ainda mais caros ou fora das prateleiras.

A problemática eclodiu no último domingo, 20, com a paralisação nacional dos caminhoneiros. A população em Roraima está apreensiva e a partir da semana que vem diversos produtos podem não chegar ao Estado.

Em entrevista à FolhaWeb, o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas, Alcir Peccini, afirmou que em cinco dias, no máximo, se a greve dos caminhoneiros não acabar, Roraima vai começar a sentir com o desabastecimento de produtos alimentícios, principalmente.

Ele detalhou que algumas rodovias por onde trafegam os caminhões que trazem produtos para Roraima estão sofrendo bloqueios. São elas as BRs em Rondônia, no Pará, Mato Grosso e até no Amazonas.

Peccini acredita que se greve não acabar até domingo já terá desabastecimento. “Como a paralisação começou no último domingo, e o tempo para chegar uma carga de Rondônia até Boa Vista são de sete dias, provavelmente, na segunda-feira, 28, já poderemos sentir a falta de mercadorias”, explicou.

O presidente do Sindicato dos Postos de Roraima, José Neto, também manifestou opinião sobre a questão. Segundo ele, Roraima pode enfrentar o problema do desabastecimento de combustíveis se a greve persistir no Brasil.

“Devido a greve acontecendo nas demais regiões do país, com o bloqueio dos caminhões nas estradas, a população de Roraima poderá sofrer com esta situação, mas por enquanto as cidades estão abastecidas e falta do produto dependerá muito da procura do consumidor. Enquanto isso, o abastecimento nos postos segue tranquilamente”, destacou.

A reportagem da Folha Web ainda ouviu a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), sobre o risco de ocorrer interrupção nos voos para Boa Vista.

“A Infraero está monitorando o abastecimento de querosene de aviação por parte dos fornecedores que atuam nos terminais e já alertou aos operadores de aeronaves que avaliem seus planejamentos de voos para que cada um possa definir sua melhor estratégia de abastecimento de acordo com o estoque disponível na origem e destino do voo”.

A Infraero ressaltou que está em contato com órgãos públicos relacionados ao setor aéreo para garantir a chegada dos caminhões com combustível de aviação aos aeroportos administrados pela empresa.

“Para os passageiros, a Infraero recomenda que procurem suas companhias para consultar a situação de seus voos. Aos operadores de aeronaves, a empresa orienta que façam a consulta sobre a disponibilidade de combustível na origem e no destino do voo programado”, finalizou a nota.