Cotidiano

Hoje é Dia Mundial do Diabetes, e terá programação em unidades de saúde

Conscientizar sobre a importância da prevenção e reforçar a prática de hábitos saudáveis junto à população são os objetivos com os quais a Federação Internacional de Diabetes (IDF) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) instituíram o dia 14 de novembro como o Dia Mundial do Diabetes. Em Boa Vista, a data será lembrada com atividades em algumas unidades de saúde.

Na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro São Vicente, zona sul, as ações serão coordenadas pelo Grupo da Amizade. O foco da ação será voltado especial para a terceira idade, grupo que requer maior cuidado com a doença. As atividades estão previstas para ocorrer a partir das 8h30, na Igreja Nossa Senhora da Consolata. Também às 8h30 haverá mobilização no posto de saúde do bairro Dr. Sílvio Botelho, na zona oeste, onde haverá atividades do Dia “D” contra a doença.

Atualmente, 1.140 pessoas são assistidas com acompanhamento de insulinodependente contra diabetes. A ação ocorre desde março desse ano. “Para receber a insulina e os insumos, o paciente deve apresentar receita e/ou laudo médico que ateste ser diabético insulinodependente, documento de identidade com foto, CPF e comprovante de residência”, informou a Prefeitura de Boa Vista.

As unidades realizam atividades de grupos com hipertensos e diabéticos, onde recebem orientações e tiram dúvidas sobre alimentação adequada e atividades físicas por meio de palestras e rodas de conversas.

NÚMEROS – Dados do Ministério da Saúde (MS) apontam que o número de pessoas diagnosticadas com diabetes no país cresceu 61,8% nos últimos 10 anos, passando de 5,5% em 2006 para 8,6% para 2016. Atualmente, estima-se que 13 milhões de pessoas vivam com a doença, que é caracterizada pela falta ou excesso de insulina no organismo. A incidência da doença tem sido maior entre as mulheres. Em 2006, eram 6,3%, percentual que foi para 9,9% em 2016. Entre os homens, o diabetes subiu de 4,6% para 7,8%.

No ranking das capitais, Boa Vista é a cidade com menor índice da doença, com apenas 5,3 casos para cada 100 mil habitantes. O Rio de Janeiro (RJ) apresentou maior prevalência da doença, com 10,4 diagnósticos confirmados para cada 100 mil habitantes, seguida de Belo Horizonte (MG) e Natal (RN), ambas com 10,1; Curitiba (PR), Recife (PE), São Paulo (SP) e Vitória (ES), com 9,6 cada.

INFORMAÇÃO – Conforme a médica especialista em saúde da família, Maria Valium, a partir do momento em que as pessoas passam a se informar sobre a doença, elas passam a tratar melhor da sua saúde. “É uma doença que tem crescido de forma bastante assustadora nos últimos anos, não tendo mais nenhuma preferência por idade, gênero, cor ou classe social, ou seja, podendo acometer qualquer pessoa”, afirmou.

Na avaliação da especialista, apesar dos índices não serem tão expressivos na Capital, o número de jovens com a doença tem crescido cada vez mais. “A diabetes tem atualmente dois tipos, sendo o primeiro mais comum entre os jovens, onde os sintomas começam a se manifestar na fase da infância e também na adolescência; e o segundo tipo, que é adquirido, ou seja, muitas vezes vem dos fatores genéticos. O mais assustador é que a doença tem crescido na população mais jovem, que é a que costuma dar mais trabalho, no que diz respeito a seguir as orientações médicas”, frisou.

Para Maria Valium, uma série de medidas pode auxiliar na diminuição dos riscos de desenvolver a doença, como a prática de exercícios físicos. “O nosso organismo depende da insulina e essa substância precisa estar em equilíbrio. Isso é mais possível do que parece. Saber dosar o consumo de alimentos que contenham açúcar, consumir mais frutas, ou seja, manter uma alimentação equilibrada, faz com que os riscos diminuam. Além disso, é indispensável a adoção de exercício físico, pois o corpo precisa estar em movimento para o bom regulamento dessa insulina que é consumida pelo corpo”, frisou. (M.L)