Polícia

Homem é morto com dois tiros na cabeça em suposto ataque de facção

Criminosos entraram na casa da vítima e o executaram; suspeitos estão sendo procurado

Passava das 19h30 da quarta-feira, dia 11, quando o analista de sistemas Wharley Nascimento de Brito, conhecido como “Nêgo Wharley”, de 37 anos, foi assassinado com dois tiros na cabeça, dentro de sua própria casa, localizada na rua S, bairro Cidade Satélite, zona oeste de Boa Vista. Pelas características, a Polícia acredita que o caso tenha ligação com a guerrilha imposta pelos grupos rivais do crime organizado.

A vítima estava sozinha no imóvel no momento em que dois indivíduos conseguiram entrar e efetuaram os disparos. A Polícia Militar foi acionada e, quando chegou ao local do fato, constatou a veracidade do homicídio. Equipes da Perícia Criminalística, Delegacia-Geral de Homicídios (DGH) e Instituto de Medicina Legal (IML) também realizaram os trabalhos técnicos antes da remoção do cadáver.

Um áudio divulgado em um aplicativo de compartilhamento de mensagens instantâneas, que ainda está sendo analisado pela Polícia, revela que integrantes de uma facção assumiram o crime, alegando que a vítima era membro da facção rival, que inclusive, aparecia nas fotos fazendo símbolos. Em trecho do áudio, o indivíduo declarou que há dias o “tabuleiro”, ou seja, o plano para matar Wharley, estava sendo montado e que depois da “queda” [morte], restava apenas comemorar.

Um familiar da vítima, que não quis ser identificado, explicou à reportagem da Folha que Wharley estava envolvido com “coisa errada”, mas não confirmou que ele era membro de facção criminosa e nem mesmo detalhou a conduta da vítima. “Ele se deixou levar pelo que é ruim, se envolveu com gente errada e, infelizmente, pagou o preço alto. Preço que custou a vida dele. Digo infelizmente, porque ele era uma pessoa muito boa, brincalhão, mas no mundo em que a gente vive, precisamos fazer escolhas e ele não soube escolher”, contou.

Após o exame cadavérico, realizado na manhã de ontem, dia 12, no IML, o corpo foi liberado à família para realização de funeral e sepultamento. A DGH investiga o caso no intuito de chegar à autoria do crime, mas até o fim da tarde de ontem, nenhum suspeito tinha sido preso. (J.B)

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