Polícia

Homem morre eletrocutado por raio em sítio

Na tarde desta quarta-feira, dia 20, um autônomo, identificado como Ronaldo Ernesto Jerônimo, de 24 anos, morreu após ser atingido por um raio enquanto estava no sítio que trabalhava, localizado na vicinal 3, região do Taboca, município do Bonfim, a Leste do Estado. A vítima não chegou a ser socorrida porque morreu na hora.

O proprietário do sítio, em entrevista à Folha, disse que contratou Ronaldo nesta semana para fazer um trabalho e que ficou sabendo da morte pouco tempo depois de ter acontecido.

Ele explicou que recebeu uma ligação informando que a vítima almoçou e foi deitar num barraco que fica nos fundos da casa principal e que após uma chuva o tempo continuava nublado. Curioso para saber o porquê de uma fumaça estar saindo do poste que fica em frente à casa, decidiu se aproximar, quando recebeu a descarga elétrica.

A única testemunha foi o cunhado do dono do sítio que revelou ter ouvido um grito da vítima e que quando correu para saber o que estava acontecendo, encontrou o homem no chão, já sem vida. O contratante de Ronaldo comunicou a família sobre os fatos e registrou um Boletim de Ocorrência para que a Polícia Civil soubesse do caso e acionasse uma equipe do Instituto de Medicina Legal (IML) e a perícia para fazer os procedimentos técnicos no corpo e no local em que o acidente aconteceu. O rabecão chegou com o cadáver em Boa Vista na noite desta quarta-feira.

Havia um hematoma no ombro esquerdo, aparentando ser uma contusão, no entanto, o médico-legista do IML confirmou que a marca no corpo é proveniente da descarga elétrica. O médico também confirmou que se tratava de uma morte ocasionada por raio.

Na manhã de ontem, 21, a família fez a liberação do corpo para funeral e sepultamento.

OUTRO CASO – A família de Ronaldo disse à Folha que horas antes dele morrer, um primo também tinha sido atingido por um raio numa comunidade indígena na região da Serra da Lua. Quando questionados o fato de o corpo não estar no IML, eles disseram que os indígenas sepultam os corpos por conta própria, por isso não acionaram o instituto para fazer a remoção.

Um funcionário do IML, que não quis se identificar, relatou que nem sempre são chamados para atender a ocorrências de morte nas áreas indígenas. “Já teve outros casos em que meses depois a Justiça pediu exumação do cadáver porque não tinha um relatório da perícia e nem um laudo do legista para ser anexado ao processo judicial”, destacou.

FUNAI – O coordenador da Funai (Fundação Nacional do Índio), Anderson Vasconcelos,  esclareceu que entre os Yanomami há um ritual fúnebre específico quando lideranças morrem, mas não confirmou se o procedimento adotado por outras etnias, no que se refere ao sepultamento dos mortos, é cultural.

ORIENTAÇÕES –  O CBMRR (Corpo de Bombeiros Militar de Roraima) por meio da CEPDEC (Coordenadoria Estadual de Proteção de Defesa Civil) informou que as principais medidas a serem tomadas para evitar acidentes com raios são: Nas tempestades, nunca fique no mar ou em piscinas; Ficar longe de árvores, postes ou linhas de energia elétrica, pois podem conduzir raios; Nunca ficar em lugares altos ou descampados, como praias, quadras, campos de futebol, etc; Manter-se longe de estruturas metálicas, como varais ou trilhos; Não ter em mãos, metais ou objetos pontiagudos; Dentro de casa, desligar os aparelhos eletrodomésticos das tomadas e ficar longe das janelas; Não utilizar o telefone.

Os serviços prestados a população pelo Corpo de Bombeiros podem ser solicitados de forma gratuita pelo telefone 193 ou Defesa Civil 199 que funcionam 24h por dia.