Cotidiano

Hospital Lotty Íris mantém leitos para o SUS, apesar da falta de pagamento

O atraso no repasse de verbas para hospitais e clínicas particulares que atendem usuários do Serviço Único de Saúde (SUS) causou alvoroço entre alguns usuários, que pensaram que o serviço havia sido suspenso. Denúncia chegou a ser feita dando conta de que o Complexo Hospitalar Lotty Íris não estaria mais atendendo usuários do SUS desde quinta-feira, 20. Mas o Governo do Estado afirmou que o convênio continua, apesar do atraso no pagamento pelo serviço.

O Lotty Íris disponibiliza 60 leitos de internação para pacientes do Hospital Geral de Roraima (HGR), servindo como retaguarda ao hospital público. O convênio foi assinado pelo Complexo com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) em 2014, após denúncia de que o HGR estava superlotado. Este convênio foi renovado duas vezes, a última em maio deste ano.

O Núcleo Interno de Regulação do HGR é quem encaminha os pacientes através de um protocolo. É verificado se o paciente está estável, mas necessitando de acompanhamento, e sem riscos de infecções e complicações de saúde. Por dia, a parceria custa R$ 300,00, pagos para o hospital particular. A promessa da Sesau é de que o credenciamento termine quando o Hospital das Clínicas for concluído. A unidade está em construção desde 2011.

A Folha entrou em contato com a direção do Lotty Íris, que não quis se pronunciar sobre o assunto. A Sesau informou que nem o Lotty Íris nem o HGR enviaram ofício anunciando a suspensão do atendimento para o SUS. Ainda assim, a secretaria confirmou que havia atraso no repasse para o hospital privado, mas que nesta terça-feira o recurso será enviado para o complexo hospitalar. “Será garantido, assim, a continuidade na oferta de leitos de retaguarda”, diz a nota.

CLÍNICAS – A denúncia também questionava a continuidade do atendimento nas clínicas particulares conveniadas com o Estado. A Folha entrou em contato com a principal conveniada, a Clínica Magscan, no bairro Caçari, zona Leste, que confirmou que os serviços oferecidos para o SUS, como tomografia e exame de ressonância magnética, não foram interrompidos. (NW)