Polícia

Integrante de facção criminosa é condenado a 9 anos de reclusão

Júri foi feito por videoconferência, uma vez que Sarapó está preso em um presídio de segurança máxima no RN

O integrante de uma facção criminosa que atua em diversos estados brasileiros Bruno Almeida da Silva, conhecido como ‘Sarapó’, foi condenado a nove anos de reclusão por tentativa de homicídio duplamente qualificado. A condenação aconteceu durante a primeira sessão de Júri Popular através do sistema de videoconferência, realizada na 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Boa Vista, no Fórum Criminal Ministro Evandro Lins e Silva.

Na ação penal, ‘Sarapó’ era acusado de tentar matar uma jovem, mediante motivo torpe e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O crime está previsto no art. 121, §2º, incisos I e IV, c/c art. 14, inciso II, do Código Penal. O acusado responde ainda pelos crimes de tráfico de drogas, roubo e organização criminosa.

Presidida pelo juiz da 2ª Vara do Júri, Jaime Pla Pujades de Ávila, a sessão teve a participação do próprio réu, que está preso na Penitenciária Federal do Rio Grande do Norte, em razão de ser preso de alta periculosidade e integrante de uma facção criminosa.

“O réu encontra-se recolhido na Penitenciária Federal do Rio Grande do Norte, é de alta periculosidade, e sua remoção para Roraima, apenas para a realização do júri, seria algo completamente inviável no momento atual em que se encontra nosso Sistema Penitenciário local. Realizar o júri por videoconferência, possibilitou a redução de custos, de riscos para a sociedade, e ainda possibilitou a celeridade processual, dando fim a mais um processo que poderia se arrastar por vários meses, caso não fosse possível a videoconferência”, disse o magistrado.

VIDEOCONFERÊNCIA
O julgamento registrou um marco importante para a história do Judiciário Roraimense, tendo em vista que a realização de uma Sessão Plenária por videoconferência é um fato inédito no Tribunal de Justiça de Roraima.

Conforme o juiz Jaime Pla Pujades de Ávila, o julgamento só foi possível devido ao empenho de todas as pessoas envolvidas no processo, ligadas ao Tribunal de Justiça de Roraima, como os servidores do cartório e do setor de informática do TJRR, e contou ainda com a colaboração de servidores do Sistema Penitenciário e da Defensoria Pública do Rio Grande do Norte.

 

Com informações do Tribunal de Justiça