Política

Jucá afirma que operação não envolveu nenhum funcionário seu

O senador disse ainda para a imprensa que está a disposição da justiça para qualquer esclarecimento

A assessoria de imprensa do senador Romero Jucá informou por meio de nota, que a operação deflagrada hoje pela Polícia Federal não envolveu nenhum funcionário do seu gabinete ou pessoa que trabalhe com o senador.

Jucá reitera que está à disposição da Justiça para prestar esclarecimentos a respeito dos inquéritos em que está sendo investigado, assim como seus funcionários.

“Queremos que as investigações possam ocorrer rapidamente e que a verdade seja reestabelecida” disse a nota.

O senador informou ainda que já solicitou aos órgãos competentes que ele possa prestar informações o mais rápido possível.

A operação da Polícia Federal na manhã desta sexta-feira, é uma nova fase da Lava-Jato autorizada pelo ministro relator no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, segundo informações do jornal O Globo.

A ação, é mais uma etapa da Satélite, onde os agentes cumprem mandados em endereços ligados ao senador Romero Jucá (PMDB-RR).

As buscas foram pedidas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a partir da delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. O procurador-geral quer acesso a documentos que comprovariam denúncias de corrupção, lavagem de dinheiro e até mesmo de organização criminosa.

Além de Brasilia, a polícia cumpre mandados de busca em São Paulo, Alagoas, Rio Grande do Norte.

Em fevereiro, Janot pediu a abertura de inquérito para investigar Renan e Jucá, além do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP). Eles são acusados de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava-Jato. Em um dos depoimentos da delação premiada, Machado disse que repassou mais de R$ 70 milhões em propinas desviadas da Transpetro para os três.

As propinas seriam disfarçadas de doações eleitorais para os grupos políticos dos três líderes do PMDB. Ao todo, Machado disse que intermediou o pagamento de mais de R$ 100 milhões em propina para o PMDB ao longo do período em que esteve à frente da Transpetro, subsidiária da Petrobras, entre 2003 e 2014. O dinheiro seria desviado de contratos entre empresas privadas e a Transpetro, a mesma estrutura de corrupção detectada na Petrobras.

No documento, a PF apontava indícios de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em pedidos de doação de campanha em 2014 feitos pelo senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR).