Polícia

Julgamento de acusado de matar a ex-mulher acontece nesta terça-feira

Jaime Alves Figueira é o principal suspeito do assassinato da servidora pública Ivanda Alves de Souza

O júri popular de Jaime Alves Figueira, acusado de matar a ex-companheira, a funcionária pública federal Ivanda Alves de Souza, acontece nesta terça-feira, 28, a partir das 08h da manhã, no Fórum Criminal Ministro Evandro Lins e Silva, localizado na Avenida José Tabira de Alencar Macedo, no bairro Caranã, zona Oeste da Capital.

A denúncia contra o acusado foi feito pelo Ministério Público de Roraima (MPRR) e será conduzida pelo promotor de Justiça Carlos Paixão. O caso ganhou grande repercussão no Estado por conta da trajetória profissional de Ivanda, que trabalhava na Superintendência da Administração Federal (Sanf) e pela barbaridade do crime. Coincidentemente, o julgamento será realizado no dia de aniversário da vítima, quando ela completaria 57 anos.

ENTENDA O CASO – De acordo com a denúncia do Ministério Público, a vítima foi encontrada pela própria filha, Érika Bessa, em sua residência, no bairro Mecejana, com sinais de violência sexual e graves contusões na cabeça e na região do tórax, em maio de 2014.

Ivanda chegou a ser encontrada com vida e ficou hospitalizada em estado grave no Hospital Geral de Roraima (HGR) por vinte dias. Segundo os familiares, dezoito dias após a internação, a servidora pública saiu do coma, recobrou a consciência e conversou com os parentes, mas dois dias depois sofreu uma convulsão, o que resultou em um novo sangramento e faleceu.

Um julgamento foi marcado para acontecer em novembro de 2016, no entanto, o advogado de defesa alegou estar doente e a petição de adiamento foi acatada pela juíza titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Lana Leitão. (P.C)

Familiares pedem justiça e condenação de acusado

Jaime Figueira é apontado pela família de Ivanda como o principal suspeito do crime. De acordo com uma das filhas da vítima, Érika Bessa, ele e a mãe tiveram um relacionamento por cerca de 25 anos e momentos de violência eram comuns. Na época do crime, os dois estavam separados, mesmo morando na mesma residência. “Eles já estavam separados há dois anos, mas viviam na mesma casa porque ele se recusava a sair de lá.

Era uma briga patrimonial, algo que infelizmente é muito comum aqui em Roraima”, afirmou.

Para Érika, o maior anseio da família e amigos de Ivanda é que a justiça seja feita. “A vida dela a gente não vai ter de volta. Essa dor que a gente tem, a gente vai levar pro resto da vida, vai só administrar pra viver com isso. Mas pelo menos nós queremos a sensação de dever cumprido, que não houve impunidade, pelo menos essa página nós queremos virar nas nossas vidas”, disse. (P.C.)