Polícia

Justiça manda devolver líderes do PCC para os presídios de Roraima

Os seis detentos haviam sido transferidos para o Rio Grande Norte, após Operação Weak Link, que visava desarticular crime organizado

Seis integrantes apontados pela polícia como lideranças da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), no Estado, retornaram do presídio federal em Mossoró, no Rio Grande do Norte, para continuar cumprindo pena no sistema prisional de Roraima. Eles foram trazidos, no final da tarde de ontem, em um jato da Polícia Federal, que aterrissou no Aeroporto Internacional de Boa Vista.

Os presos são: Edson da Silva Ferreira, 40, o “Black”; Geovanes Barbosa Hofmann, 27, o “Carote”; Diego Mendes de Andrade, 25, o “DG”; Anderson Maxuelle Mafra, 31, vulgo “Gongo”; Bruno Almeida da Silva, 21, mais conhecido como “Sarapó”; e Anderson Tiago dos Santos Moraes, 25, o “Motoqueiro”.

Eles são acusados de vários crimes, dentre eles tráfico de drogas, homicídios e de organizar a facção criminosa PCC dentro das unidades prisionais em Roraima.   Todos estavam fora do Estado desde novembro de 2014 e foram transferidos, à época, com mais seis detentos, o que totalizou 11 transferências geradas após a Operação Weak Link, desencadeada pelo Ministério Público de Roraima (MPRR) e Polícia Federal (PF), visando desestruturar o PCC nos presídios roraimenses.

Esses detentos são considerados de alta periculosidade e comandavam o crime organizado no Estado. Quando estavam em Roraima chegaram a hastear a bandeira da facção criminosa no alto de uma das alas da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc).

O prazo máximo de permanência dos presos na unidade prisional de segurança máxima era de 365 dias e, como eles já estavam lá desde 2014, o prazo expirou-se. Um terceiro pedido de renovação para permanência dos presos na unidade prisional federal de Mossoró foi feito pela Justiça de Roraima, mas foi negado, segundo o diretor do Departamento do Sistema Prisional (Desipe), Elizandro Diniz.

“Tivemos duas prorrogações de prazos, mas, no terceiro adiamento, tivemos o pedido negado pelo juiz federal da Comarca responsável, que determinou o retorno dos detentos para o presídio do Estado de origem”, reafirmou o diretor do Desipe.

Antes de os presos serem reintegrados aos presídios locais, eles ainda passarão por uma triagem, de acordo com o Desipe. “Vamos fazer um trabalho de triagem. A Divisão de Inteligência e Captura da Secretaria de Justiça e Cidadania vai verificar qual a unidade prisional será a mais adequada para eles voltarem a cumprir a pena a partir de agora”, frisou.

GOVERNO – Por meio de nota, o Governo do Estado informou, em nome da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), que por questões de segurança o local onde os presos serão acomodados não será revelado para a imprensa.(T.R)

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