Polícia

Ladrões e latrocidas são presos

Operação ocorreu simultaneamente em todo o país, em que foram recolhidas mais de mil pessoas em conflito com a lei

Devido à insegurança que a população enfrenta diariamente nos casos de roubos, furtos e latrocínios, a Polícia Civil de Roraima deflagrou ontem, dia 15, a Operação #OPPC27, que aconteceu simultaneamente em todos os estados da federação. O objetivo das ações era cumprir as ordens de Mandados de Prisão expedidos pela Justiça contra acusados dos crimes ao patrimônio. Às 5h, orientações finais foram repassadas às equipes e desde as 5h30 os agentes estiveram em campo.

A proposta da operação, segundo o delegado-geral adjunto Marcos Lázaro, é tornar o fim de ano da população mais seguro e chamar a atenção para o projeto de lei 5.586/16, que agrava as penas dos delitos contra o patrimônio, praticados com violência no âmbito de ambientes residenciais.

O diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (DPJC), que coordenou a operação em Boa Vista, Alexsander Lopes, informou que 40 agentes de Polícia participaram ativamente da operação, divididos em sete equipes, cada uma coordenada por um delegado. “Foram cumpridos diversos mandados de prisão e durante a operação usamos 18 viaturas. Apesar da operação ter acabado, o trabalho de cumprimento de mandados de prisão continua. Não se encerra nessa operação”, ressaltou o diretor do DPJC.

Os municípios do interior não foram alcançados pela operação, que aconteceu somente na Capital. No Estado de Roraima, a operação terminou às 14h, de ontem, e, no balanço final, 26 pessoas adultas foram presas.

“Esperávamos pelo menos 20 prisões, porque a Polinter vem cumprindo quase imediatamente as prisões. A operação só foi executada no estado ontem, mesmo que tenha sido iniciada no país todo na última quinta-feira, dia 14”, frisou Lopes.

Todos os presos foram levados para a sede da Polinter (Polícia Interestadual), também da Polícia Civil, para que a documentação pertinente à entrada no sistema prisional fosse elaborada pela autoridade policial. Todos os indivíduos foram conduzidos à Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), na zona rural de Boa Vista, onde ficarão à disposição da Justiça. Uma equipe do Instituto de Medicina Legal (IML) esteve no local para agilizar os exames de corpo de delito.

Os mandados foram cumpridos tanto para prisões preventivas como para sentenças condenatórias. Durante o cumprimento não foi encontrado qualquer material ilícito e não houve resistência. “A operação correu como planejamos antecipadamente”, destacou Alexsander.

Em apenas uma prisão ocorreu um imprevisto. A mulher a ser presa está amamentando o filho de um mês e, neste caso, a direção da Cadeia Pública Feminina não permitiu que ela ficasse recolhida na unidade prisional, sob a alegação de que o local não seria seguro. No entanto, o delegado responsável pela operação em Boa Vista fez um pedido à Justiça para que o Estado garantisse a segurança da mulher e da criança dentro do Sistema Prisional até o prazo estipulado em lei, tendo em vista que ela é lactante e a criança não pode ser deixada sob a custódia do Conselho Tutelar e nem do Abrigo Estadual. O caso está sendo revisto pelo Poder Judiciário.

INVESTIGAÇÃO – O levantamento dos endereços foi feito durante uma semana para que não restasse dúvida dos locais onde os presos estavam abrigados. “Nós começamos a fazer o levantamento dos locais onde os indivíduos estavam para não restar dúvida na hora de fazer a abordagem e cumprir o mandado. Foram presos nas próprias casas deles. A maioria é reincidente nos crimes de roubo, furto, com alguns latrocínios”, disse Alexsander Lopes.

NACIONAL – No Brasil, até as 7 da manhã de ontem, foram contabilizadas 974 prisões de pessoas adultas e 82 apreensões de adolescentes, totalizando 1.056 pessoas recolhidas, em dois dias. (J.B)