Política

Lenir sugere que progressão funcional esteja prevista no orçamento de 2018

Prestes a ser discutida em plenário na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), a Lei Orçamentária Anual (LOA) prevê a destinação dos recursos do Poder Executivo estadual para atender as demandas diversas do Estado. Para a deputada estadual Lenir Rodrigues (PPS), uma delas é a questão das progressões funcionais dos professores estaduais.

Em entrevista ao programa Agenda Parlamentar, na Rádio Folha 1020 AM, no sábado, 11, a deputada informou que está com a proposta de incluir no orçamento as progressões dos profissionais de educação. Conforme Lenir, ainda não há um valor para a proposta, mas a questão será discutida em breve em reunião com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Roraima (Sinter-RR), além das outras demandas da categoria.

Segundo a deputada, a proposta sugere que esteja incluso no orçamento o pagamento das progressões atrasadas e as atuais. “Se sindicato e Governo não conseguirem chegar a um acordo e fizer pelo menos uma média de quanto se deve do retroativo antigo das horizontais, podemos pelo menos fazer uma previsão orçamentária para se pagar o que o professor tem direito”, afirmou. “Eu acredito que, na hora que se está discutindo o orçamento, não custa nada nós fazermos já essa previsão. Quando conseguir calcular, se não tiver a previsão no orçamento da Secretaria Estadual de Educação para poder pagar aquele retroativo, não vai ser possível pagar”, completou.

A deputada disse ainda que o pagamento da progressão é uma forma de valorizar o profissional da educação. “Afinal de contas muitos professores investem no seu ensino, principalmente o pessoal da educação do campo e da educação indígena. Eles vêm para Boa Vista, no maior sacrifício, alugam apartamento, fazem capacitação e treinamento, para poder estudar e depois não receberem pelo seu próprio esforço”, citou.

Lenir também ressaltou que a prioridade de uma sociedade deve ser a educação do seu povo. “Pela educação, nós conseguimos melhorar a saúde, a agricultura, segurança, trânsito, meio ambiente. Se nós não investirmos no agente transformador, que é o professor, fica difícil. Valorizar o agente transformador que rala em sala de aula e que se esforça para se capacitar é defender a sociedade”, ressaltou.

PAGAMENTO EM BLOCOS – Na Rádio Folha, a deputada também fez uma breve análise de quando ficou à frente da pasta da Educação no período de 2003 a 2004 e, uma segunda vez, de 2011 a 2013. “Quando eu fui secretária de Educação, nós fizemos o pagamento por blocos. As pessoas não tinham os pagamentos parcelados. Se você recebe R$ 20 mil em um lote, você faz alguma coisa. Mas se você recebe parcelado, não faz nada e nem sabe com o que gastou o dinheiro”, informou.

“Nós conseguimos atualizar o pagamento de progressões horizontais que é por tempo de serviço, mas ficou um retroativo para trás que ninguém conseguiu calcular nem teve acordo com o sindicato para pagar pelo menos uma média, porque não tinha mais dados concretos para se calcular isso”, acrescentou. (P.C.)