Polícia

Líder comunitário morre após ser atacado a pauladas dentro de casa

Suspeita é de que idoso que fazia ações sociais no bairro Senador Hélio Campos tenha sido agredido durante tentativa de assalto

O marceneiro Adalberto Alves da Silva, de 65 anos, foi espancado brutalmente, por um elemento ainda não identificado, dentro da própria residência, no bairro Senador Hélio Campos, zona oeste, onde a vítima matinha um trabalho social voluntário junto a famílias carentes. A arma utilizada no crime, segundo a polícia, foi um pedaço de madeira. Os golpes atingiram principalmente a cabeça de Alves. O ataque ocorreu no domingo, 11, quando ele ficou gravemente ferido e foi encaminhado ao Hospital Geral de Roraima (HGR).

Adalberto Alves não resistiu aos ferimentos ocasionados pelas pauladas e morreu na segunda- feira, 12, menos de 24 horas após o crime. De acordo com o filho da vítima, Oerdras Alves da Silva, a primeira pessoa a encontrar o idoso em casa foi o tio, que correu para pedir ajuda. Inicialmente, o caso foi registrado como espancamento, no 4º Distrito Policial. Diante da morte do idoso, quem passou a investigar o crime foi a Delegacia-Geral de Homicídios (DGH) da Polícia Civil.

Conforme apurou a Folha, a investigação já identificou um suspeito de ter cometido o crime. A linha de investigação não foi revelada pela polícia, mas a Folha apurou que o crime teria sido motivado por uma tentativa de assalto à residência, porém não há confirmação desta versão pelas autoridades.

Alves também foi visto bebendo com um homem ainda não identificado em um bar próximo a residência dele, poucas horas antes da agressão. O crime chocou os moradores do bairro e causou comoção nas redes sociais, uma vez que ele era bastante conhecido pelo trabalho social que fazia junto a pessoas carentes, distribuindo alimentos e brinquedos para crianças do bairro. Ele foi enterrado na tarde de ontem, 13, no cemitério Campo da Saudade, no bairro Centenário, zona oeste de Boa Vista.

HOMENAGEM – A família de Adalberto Alves da Silva está planejando criar um instituto para dar continuidade ao trabalho social que ele fazia no bairro Senador Hélio Campos. Segundo os familiares, ele era um exemplo de ser humano, acordava às 5h todos os dias para limpar o quintal, e arrumar a varanda para receber visitas.

Ele ia de bicicleta a todos os lugares para pedir doações para que as crianças não ficassem sem brinquedos, principalmente em datas comemorativas como Natal, Ano Novo e Dia das Crianças.  A previsão é que o espaço seja construído na própria casa onde ocorreu o crime e receberá o nome de Adalberto. Os familiares disponibilizaram um telefone para contato 991759401 caso interessados queiram fazer doações com livros de literatura infantil, brinquedos ou materiais de construção.(T.R)