Polícia

Mãe e padrasto são suspeitos de espancar criança até morte

Mãe e padrasto foram presos depois que a criança foi levada já morta para o Hospital de Caroebe e com sinais de agressão

No fim da tarde de quinta-feira, 16, a polícia prendeu a mãe e o padrasto de uma criança que foi levada ao Hospital de Caroebe, na região Sudeste do Estado, com indícios de espancamento. A criança já chegou morta à unidade de saúde e quando os profissionais analisaram o corpo descobriram que havia muitos hematomas, que possivelmente tenham sido provocados por violência física.

O menino deu entrada no hospital às 9h e, mesmo com os esforços médicos para reanimá-lo, a equipe não obteve sucesso. O casal passou a ser o principal suspeito do crime, que ainda está sendo investigado pela Polícia Civil daquele município.

Algumas pessoas que presenciaram a ocorrência relataram à polícia que, embora mãe e padrasto, os quais têm 18 anos, neguem a autoria de qualquer crime, estranharam que os dois tenham sido omissos aos hematomas e que não procuraram o hospital anteriormente para tratá-los.

Os suspeitos foram levados para a Delegacia de São João da Baliza, que responde pelos municípios de São Luiz do Anauá e Caroebe. Eles prestaram depoimento sobre o fato nesta sexta-feira, 17, para que o procedimento seja encaminhado à Justiça.

Diante da suspeita dos maus-tratos, constatando a situação da vítima, a Polícia Militar foi acionada pela equipe médica para conversar com os pais. Quando foram questionados sobre o caso, ambos divergiram nas respostas. O padrasto disse que, ao acordar, viu que a esposa estava com um dos joelhos em cima do menino e que imediatamente pegou a criança no colo e a levou para o hospital. Já a mãe declarou que acordou com o marido correndo com a criança morta, no colo, afirmando que a levaria ao hospital.

A mãe da criança, segundo a polícia, enquanto aguardava no hospital, aparentava estado de embriaguez. O jovem deixou o enteado sob a responsabilidade do médico e voltou para casa. Durante a abordagem policial, os suspeitos estavam exaltados, por isso tiveram que ser contidos com o uso de algemas.

A família disse que não acreditava na hipótese de que o casal tenha agredido até a morte o próprio filho e que há alguns dias a criança iniciou um tratamento com antialérgico e que a causa da morte seria em decorrência de uma parada cardíaca. Quem morava nas proximidades da residência do casal diz que os dois costumavam frequentar um bar e que muitas vezes bebiam descontroladamente.

No começo da noite do dia 16, o corpo do garoto chegou a Boa Vista e deu entrada no Instituto de Medicina Legal (IML). Na manhã de ontem, 17, o exame cadavérico que atesta a causa da morte foi realizado e, de acordo com a declaração de óbito emitida pelo médico do instituto, a causa da morte foi “hemorragia aguda por ação contundente”. Uma tia da vítima fez a liberação do corpo, que foi levado para a cidade de Manaus (AM), onde será sepultado. (J.B)