Política

Mafir deve ser priorizado para beneficiar pequeno pecuarista, defende George Melo

O deputado afirmou ainda que a terceirização seria a melhor forma de atender ao Mafir, considerando a dificuldade do trabalho exercido no local

Recentemente, as atividades do Mafir (Matadouro e Frigorífico Industrial de Roraima) foram suspensas por 10 dias para adequação estrutural, conforme recomendação do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e o líder da bancada de oposição ao governo, deputado estadual George Melo (PSDC), durante o programa Agenda Parlamentar, da Rádio Folha 1020 AM, que foi ao ar neste último sábado, dia 23, avalia que o impedimento das ações da estrutura é um reflexo da falta de investimento do Governo do Estado na pecuária e no pequeno criador. 

“Depois do setor público, a economia que mais ajudou o Estado historicamente foi da pecuária. Antes da agricultura, antes do comércio, a pecuária era uma das maiores fontes de renda do Estado e hoje, ela está sendo submetida a um descaso total. O que eu vejo é que a governadora [Suely Campos] tem feito várias ações para o Mafir não funcionar. Aquilo não pode ficar parado”, criticou o parlamentar.

Sobre o risco de perda do SIF (Selo de Inspeção Federal), o deputado afirmou que esse não deveria ser um dos focos do governo. “Não precisa disso. O próprio Estado pode dar um certificado para vender carne dentro do Estado. Tem que arranjar um meio para continuar vendendo no mercado interno. Todo mundo sabe que o Mafir não é voltado para a exportação, ele é para atender o pequeno pecuarista, que põe o boi lá, abate, depois o material vai para o supermercado. O Estado não tem lucro, pois o criador paga R$ 10, mas está ajudando ao investir na pecuária”, analisou.

O deputado também defendeu que o trabalho no Mafir continue sendo exercido por terceirizados e não por meio de concurso público. “A terceirizada é a melhor forma de se administrar o Mafir. O trabalho é duro demais, de alta rotatividade. A pessoa mesmo passando em um concurso vai procurar outro serviço e em seis meses já não vai ter mais pessoal para compor”, observou.

CONCORRÊNCIA – Por fim, o deputado ressaltou que, por sorte, a população pode contar com serviços de outros frigoríficos em atividades no Estado para não sofrer com falta de carne nos supermercados, no entanto, reforçou que as atividades devem ser complementares.

“Nós temos outros frigoríficos, mas acho que não precisa fechar um para abrir outro. Hoje tem mercado para todo mundo, a concorrência é saudável. Nós temos pequenos produtores que precisam do Mafir, que não enxergam o mercado de exportação. O Mafir precisa funcionar porque a gente tem um segmento importante da pecuária, porque o Estado sempre deu apoio e nós não podemos virar as costas agora. O Mafir não é um atraso para o Governo, ele é um investimento”, frisou Melo. (P.C.)

Publicidade