Cotidiano

Mais 130 novos imigrantes devem ser transferidos

A Acnur é a responsável por identificar os imigrantes que tenham interesse em ser voluntários na ação de interiorização e depois eles são encaminhados para a Base Humanitária do Exército.

 O Exército Brasileiro em Roraima deve realizar nos próximos dias mais uma fase do processo de interiorização de imigrantes venezuelano. A expectativa é atender cerca de 130 novos imigrantes voluntários à interiorização no Brasil, segundo informações da Casa Civil da Presidência da República.


Na terça-feira, dia 3, a Força-Tarefa Humanitária, responsável pelas ações de logística no Estado, realizou a interiorização de 164 imigrantes. Deste total, 45 foram levados para o estado da Paraíba, 69 para Pernambuco e 50 para o Rio de Janeiro.


Ao todo, mais de 500 venezuelanos já foram interiorizados desde o início do processo. A seleção dos voluntários é feita por meio da Acnur (Agência das Nações Unidas para Refugiados), entidade que tem atuado ações de assistência humanitária nos abrigos.  


Ao adentrar no país pela fronteira com Pacaraima, Norte do estado, o imigrante é registrado no posto de triagem do Exército e encaminhado para um dos abrigos da Capital Boa Vista, cabendo a Acnur a missão de identificar os interessados em participar do processo.


“A Acnur estabelece o perfil desta população e identifica os interessados em participar da estratégia. A OIM [Organização Internacional para as Migrações] e o Unfpa [Fundo de População das Nações Unidas] atuam na informação prévia ao embarque, garantindo que as pessoas possam tomar uma decisão informada e consentida, sempre de forma voluntária”, explicou a gestão da entidade, em nota.


Ainda segundo informações da agência, cabe a também a OIM a responsabilidade de organizar dos voos junto ao Exército e acompanha os venezuelanos voluntários, desde o embarque até a estabilização na cidade escolhida. Antes do embarque, os participantes recebem a documentação oficial do país e passam por uma série de atendimentos de saúde.


“A OIM ajuda na organização dos voos e acompanha os venezuelanos participantes no processo, que assinam termo de voluntariedade. O Pnud [Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento] tem promovido seminários com o setor privado para estimular a inserção de trabalhadoras e trabalhadores venezuelanos no mercado de trabalho brasileiro”, informa a nota da Acnur.